Dois grandes sindicatos prometem bloquear todos os acessos à capital da nação europeia
Agricultores têm feito bloqueios no paísDois grandes sindicatos do setor agropecuário francês anunciaram um “cerco à capital” a partir de segunda-feira, para denunciar sua difícil situação econômica. A ação foi convocada após mais de uma semana de protestos de produtores agropecuários em todo o país, apesar das concessões feitas pelo governo na sexta-feira.
"A partir de segunda-feira, os agricultores vão estabelecer um cerco à capital por tempo indeterminado”, anunciaram duas das principais centrais sindicais agropecuárias da França, incluindo a poderosa FNSEA. “Todos os grandes eixos que levam à capital estarão ocupados pelos agricultores”, acrescentaram os sindicatos.
Na sexta-feira, o primeiro-ministro Gabriel Attal prometeu a supressão do encarecimento do diesel de uso agrícola e reafirmou sua oposição à assinatura do acordo entre União Europeia e Mercosul, bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, países que são grandes potências agrícolas. Attal, nomeado este mês como chefe de governo pelo presidente Emmanuel Macron, anunciou também um maior controle das negociações entre produtores e distribuidores, ajudas a setores específicos como a agricultura orgânica e uma redução de trâmites administrativos.
Contudo, seus anúncios não convenceram a FNSEA, que convocou a "continuar a mobilização”. Os protestos de produtores agropecuários, que também foram registrados em Polônia, Alemanha e Romênia, acontecem a cerca de quatro meses das eleições ao Parlamento Europeu, instituição-chave para estabelecer as normas ambientais do bloco.
AFP e Correio do Povo
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