O projeto de revitalização e expansão do HPS tem o valor total de R$ 110 milhões destinados às reformas, R$ 5 milhões para o processo de restauração e R$ 30 milhões para a aquisição de equipamentos
Foi dada a largada para as comemorações dos 80 anos do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, que ocorre em abril de 2024. Nesta segunda-feira foi apresentado o projeto de revitalização e expansão do Hospital de Pronto Socorro (HPS), com valor total de R$ 110 milhões destinados às reformas, R$ 5 milhões para o processo de restauração e R$ 30 milhões para a aquisição de equipamentos.
O projeto foi apresentado pelo secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter, e pela diretora-geral do HPS, Tatiana Breyer. Entre os presentes estavam o prefeito Sebastião Melo, o presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcos Rovinski, representantes de entidades, médicos do hospital e parlamentares.
O prefeito Sebastião Melo anunciou seu compromisso em iniciar as obras de revitalização do prédio histórico com o Retrofit custeando o valor de R$ 5 milhões. Melo também destacou a criação de um comitê especial para supervisionar a expansão do HPS, com a participação do secretário de saúde e representantes de outras secretarias. O prefeito afirmou o compromisso com a sustentabilidade ambiental e disse que o novo HPS contará com uma fonte de energia mais limpa.
Além disso, o prefeito delineou várias fontes potenciais de financiamento para o projeto, incluindo a possibilidade de destinar recursos provenientes de imóveis municipais, explorar índices construtivos, buscar apoio do setor empresarial do Rio Grande do Sul e recorrer a emendas parlamentares. Melo também mencionou a intenção de dialogar com o Poder Judiciário para buscar suporte financeiro, aproveitando possíveis recursos disponíveis no orçamento do Judiciário para projetos especiais.
No entanto, o prefeito levantou a preocupação sobre o custeio após a conclusão da construção, destacando que o investimento atual de R$ 16 milhões por ano vai dobrar. Ele enfatizou a necessidade de planejar e habilitar recursos permanentes para o custeio contínuo do hospital, enfatizando que o custeio não se trata de um pagamento único, mas sim de despesas mensais contínuas.
Durante o evento, a diretora-geral Tatiana Breyer enfatizou a importância da expansão do prédio, ressaltando a dependência dessas atividades com a captação de recursos. Ela expressou a necessidade de lançar uma campanha de sensibilização, especialmente junto aos grandes empresários, para angariar os fundos necessários para revitalizar e expandir o edifício localizado na José Bonifácio.
Tatiana compartilhou as metas ambiciosas do projeto, mencionando a intenção de alcançar a marca de 200 leitos, um aumento significativo em relação aos atuais 95 leitos disponíveis. “É um projeto audacioso e que ultrapassa gerações”, ressaltou Tatiana.
O secretário Ritter ressaltou a importância de modernizar a estrutura do hospital, especialmente para o atendimento de emergências como traumas de alta complexidade, oftalmologia, UTI de queimados e bucomaxilofacial. Ele enfatizou que a nova estrutura proporcionará uma capacidade maior de acomodação e atendimento, melhorando significativamente os serviços prestados à população de Porto Alegre e do estado do Rio Grande do Sul.
Ritter explicou o tempo para a execução das obras: “São de três a nove meses para o Retrofit, a obra de construção do novo prédio e o anexo deve levar cerca de três anos de obra. Por isso estamos lançando hoje para chegar em 2027/2028 entregar esse grande hospital para Porto Alegre”, explicou.
O presidente do Simers ressaltou a relevância do projeto de revitalização e expansão do HPS e aproveitou a oportunidade para reforçar a necessidade de refletir sobre a importância do financiamento adequado do SUS “para garantir uma saúde de qualidade e valorização dos profissionais de saúde, proporcionando uma assistência adequada que a população merece”.
Correio do Povo
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