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quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Quatro pessoas são indiciadas por tortura contra crianças em creche de Caxias do Sul

 Vídeos exibidos pela Record RS revelam flagrantes das agressões sofridas pelas crianças

Quatro pessoas são indiciadas por tortura. 

Uma escola de Educação Infantil é investigada por suspeita de maus-tratos contra crianças em Caxias do Sul, na Serra. De acordo com a Polícia Civil local, quatro pessoas foram indiciadas pelo crime. As agressoras seriam funcionárias da creche.

Conforme apurações da Record RS, a instituição vinha sendo investigada há dois meses. A escolinha, que era particular, também atendia através de convênio com o município da Serra.

Pelo menos 36 crianças estavam matriculadas, algumas pela rede privada e outras pelo convênio. A conclusão da investigação da Polícia Civil indiciou as funcionárias por tortura contra crianças, com penas que variam de dois a oito anos de reclusão. O crime é considerado hediondo no Brasil.

Vídeos flagraram agressão

De acordo com o delegado Anderson Spier, a creche começou a ser investigada após vídeos de crianças sendo agredidas na instituição vazarem nas redes sociais. “A Polícia Civil começou a investigar sem ninguém registrar a ocorrência, porque esses vídeos vazaram na Internet. A delegada Aline Martinelli tomou conhecimento e instaurou inquérito para apurar o crime”, explicou.

Nas imagens exibidas pela Record RS, uma das crianças cai no chão após a monitora limpar o seu nariz e é pega violentamente pelo braço. Uma das mães que tinha a filha matriculada na instituição afirma que a violência era rotina no local. “Toda hora as crianças eram assim tratadas, torturadas e a minha filha de 1 ano e três meses também. Isso atrapalhou no desenvolvimento motor, no caminhar. Ela começou agora a caminhar”, disse a mãe à Record.

Conforme Spier, o procedimento foi remetido ao Ministério Público do RS. O promotor tem o prazo de 30 dias para oferecer denúncia, pedir mais diligências aos policiais ou requerer o arquivamento. A proprietária da escola comunicou o encerramento das atividades. Em nota, sua defesa informou que não vai se manifestar, uma vez que o inquérito está sob sigilo de justiça.

A Record RS entrou em contato com a defesa da Educação Infantil Colorindo o Mundo que informou que “o inquérito policial foi para a Justiça e está em segredo de justiça, como aliás, todos casos do gênero”.

Correio do Povo

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