segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

Dano de colapso de mina pode ser menor do que o esperado em Maceió, diz Defesa Civil

 Órgão afirma que a cratera resultante deve ser preenchida imediatamente pela água da Lagoa Mundaú



O coronel Moisés Melo, coordenador da Defesa Civil de Alagoas, afirmou que a mina da Braskem em Maceió pode colapsar a qualquer momento, mas que a cratera resultante deve ser preenchida imediatamente pela água da Lagoa Mundaú. Segundo ele, o dano não será tão grande quanto o esperado.

"Acreditamos que vai surgir uma cratera. Essa cratera será preenchida pela água da Lagoa Mundaú. Não vai ser uma cratera no meio da cidade, não vai gerar terremoto, tsunami, nada disso. Essa cratera será na sua maioria submersa, preenchida de imediato pela água da Lagoa", disse ao canal de notícias CNN Brasil. "Pelo formato e a forma como ela (a mina) está se desenvolvendo, acreditamos que o dano não será tão grande quanto esperávamos", afirmou.

Segundo a Defesa Civil, um novo tremor de terra de magnitude 0 89 foi registrado a cerca de 300 metros de profundidade em Maceió, na madrugada deste sábado - outro, de 0,39 já havia acontecido na noite de sexta-feira. O coordenador explicou que o sismo foi detectado a cerca de 300 metros de profundidade, o que indica que a mina subiu em direçãoà superfície, e, por isso, pode colapsar a qualquer momento.

Emergência

Esta semana, Maceió decretou estado de emergência após o alerta de "risco iminente de colapso" da mina 18, que é operada pela Braskem e fica no bairro de Mutange. A Defesa Civil de Maceió afirma que o colapso da mina da Braskem pode ocorrer a qualquer momento.

Estudos têm mostrado o aumento significativo na movimentação do solo na mina, indicando a possibilidade de rompimento e surgimento de um sinkhole, ou seja, uma enorme cratera pode ser aberta na região afetada. Após um período de estabilização, o deslocamento da mina começou a se intensificar nos últimos dias.

Os problemas na capital alagoana começaram em 3 de março de 2018 quando um tremor de terra causou rachaduras em ruas e casas e o afundamento do solo em cinco bairros: Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e em uma parte do Farol. Mais de 55 mil pessoas foram forçadas a deixar suas casas naquele ano. Agora, uma decisão judicial determinou a saída de 27 famílias da área de risco. Dessas, 14 ainda não tinham saído de casa até a noite de quinta-feira, 30.

Agência Estado e Correio do Povo

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