As libertações deste sábado elevam o número total de reféns libertados para 46
Há famílias e crianças separadas de seus pais que foram sequestradas no Kibutz Beeri, incluindo uma assistente de 21 anos de um festival de música.
A seguir, acompanhe o que se sabe sobre os 13 reféns israelenses liberados neste sábado pelo Hamas, como parte do acordo de trégua, de acordo com relatos de seus familiares para a AFP, informações da imprensa israelense e do Fórum das Famílias de Reféns.
As libertações deste sábado elevam o número total de reféns libertados para 46, de um total de cerca de 240 sequestrados em Gaza pelo Hamas durante o ataque em 7 de outubro.
Desses, 26 foram libertados como parte do acordo de trégua entre Israel e o Hamas, que prevê o retorno de 50 reféns a Israel em quatro dias.
Dos 150 prisioneiros palestinos que serão libertados em troca, 39 foram libertados na sexta-feira e outros 39 durante a noite deste sábado para domingo.
Neste sábado, também foram libertados quatro reféns tailandeses, que não estavam incluídos neste acordo. Eles se juntam a outros dez tailandeses e um filipino que foram libertados na sexta-feira.
Em outubro, antes da trégua, cinco reféns foram libertados.
As meninas Hila e Emily, duas amigas de 13 e 9 anos, foram sequestradas ao mesmo tempo, juntamente com a mãe de Hila, Reaya Rotem (54), que ainda está detida em Gaza. Foram raptadas em 7 de outubro enquanto se escondiam em sua "mamad", o quarto seguro de sua casa, no Kibutz Beeri.
Emily foi anunciada como morta e depois classificada entre os reféns. A pequena israelense-irlandesa, cuja mãe morreu de câncer quando ela tinha dois anos e meio, comemorou seu nono aniversário em cativeiro em 17 de novembro.
"Ela passou seu aniversário nos túneis de Gaza", lamentou naquele dia seu pai, Thomas Hand, em meio às lágrimas, durante uma reunião em sua homenagem em Londres.
A amiga Hila gosta de andar de skate e usar a rede social TikTok.
Adina Shoham (38) foi sequestrada com sua filha Yahel, de 3 anos, e seu filho Naveh, de 8. Os três são alemães pelo lado do pai de Adina, Avshalom Haran, que morreu no ataque.
Sharon Avigdori (52), tia de Adina, foi sequestrada junto com sua filha Noam, de 12 anos. Todos estavam no Kibutz Beeri para visitar Shoshan Haran (67), mãe de Adina, que também foi libertada neste sábado.
Sua família é uma das mais afetadas, pois inclui um sétimo refém, Tal Shoham (38), o marido de Adina.
Shiri Weiss, uma contadora de 53 anos, e sua filha Noga (18) foram sequestradas em sua casa no Kibutz Beeri.
Segundo relatos de seus familiares, com quem Noga entrou em contato via WhatsApp durante o assalto, a jovem se escondeu debaixo de uma cama quando sequestraram sua mãe.
Depois de fugir por causa da fumaça que cobria a casa, tentou se esconder do lado de fora e foi descoberta. Seu pai, Ilan Weiss, teve que deixar sua casa ao amanhecer para defender seu kibutz. Ele também foi feito refém.
Os dois adolescentes, Alma (13 anos) e Noam (16 anos), foram sequestrados no Kibutz Beeri junto com seu pai Dror Or (48 anos) e seu primo Liam (18 anos). A esposa de Dror e mãe das crianças, Yonat, morreu no ataque.
O irmão mais velho, Yahli, que presta serviço militar no norte do país, não estava em casa.
Mia Regev, uma jovem de 21 anos, foi sequestrada com seu irmão mais novo Itay (18) quando tentavam fugir do festival de música Tribe of Nova.
Mia foi atingida por tiros enquanto falava ao telefone com seu pai. Tentou sem sucesso enviar sua localização. Horas mais tarde, os irmãos apareceram amarrados na parte de trás de uma caminhonete, em um vídeo publicado nas redes sociais.
Originários de Herzliya, perto de Tel Aviv, Mia e Itay haviam retornado a Israel um dia antes depois de comemorar o aniversário de sua mãe no exterior.
Itay, que ainda não foi libertado, é um apaixonado por surfe, enquanto sua irmã mais velha pratica ioga e corrida.
AFP e Correio do Povo
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