Com Thiago Carpini na casamata, e Nenê no meio de campo, o Verdão da Serra garantiu seu retorno para a Série A em campanha de recuperação
O Juventude está de volta à elite do futebol brasileiro. O acesso do Verdão da Serra, neste sábado, após vencer de virada do Ceará por 3 a 1, foi conquistado com emoção do começo ao fim da Série B e teve no técnico Thiago Carpini, de 39 anos, e no experiente meia Nenê, de 42 anos, seus principais personagens nesta retomada do clube gaúcho para a Série A.
Recém vice-campeão paulista no modesto Água Santa, Carpini encontrou o Ju na zona de rebaixamento para a Série C. Seis rodadas passadas, na 19ª colocação, o clube gaúcho somava somente três pontos e vivia crise técnica e tática com Marcelo Pintado.
Carpini assume o comando técnico na sétima rodada, no dia 21 de maio, diante da Chapecoense, e conquista uma impressionante sequência de cinco jogos com vitórias. Os 15 pontos alçaram o Ju na tabela e mudaram a realidade do planejamento no ano. De chance de rebaixamento, para luta pela Série A em um mês.
A primeira derrota com Carpini veio diante do Tombense no Alfredo Jaconi. Uma goleada sofrida com o Sport na Ilha do Retiro colocaram o trabalho sob sua primeira pressão. O trabalho seguiu progredindo com o meia Nenê ganhando protagonismo dentro de campo com gols e assistências. Aos 42 anos, mais experiente que o próprio treinador, o camisa 77 era o condutor do time que perdeu o centroavante Rodrigo Rodrigues - com seis gols marcados - em agosto.
Enfim, G-4
Após desperdiçar duas chances, o Juventude, enfim, entrou no G4 da Série B pela primeira vez no dia 24 de agosto. A entrada na zona de classificação para a Série A aconteceu justamente um turno depois de Carpini assumir. Com todos times embolados na reta final, o Ju entrou e saiu do G4 em diversas oportunidades.
O drama aumentou quando Nenê sofreu lesão no pé e virou desfalque para as últimas quatro rodadas. O impacto sofrido foi de quem perdeu um meia que atuou em 28 jogos, marcou sete gols e deu sete assistências.
O Verdão da Serra só "fincou o pé" no dia 3 de novembro com uma vitória dramática diante do Ituano no Jaconi que levou a equipe de Carpini para a segunda colocação. O gol veio em penalidade cobrada pelo atacante Gabriel Taliari aos 55 minutos. Sem Nenê, o coletivo do Ju passou a fazer a diferença sob o comando do capitão Alan Ruschel dentro e fora das quatro linhas. Sobrevivente do acidente com a Chapecoense, o jogador assinou mais um capítulo de sua carreira.
A alucinante última rodada
Com 60 pontos, o Ju dependia somente de si para cravar o acesso com tranquilidade nos três jogos restantes. No entanto, o Ju gostou de ter emoção ao longo de toda competição e quis manter isso até o fim.
Empates com um já rebaixado ABC e uma desesperada Ponte Preta obrigaram os comandados de Carpini a enfrentar o Ceará, na última rodada, no Castelão, com obrigação de vencer para não depender de tropeços de outros quatro times que ainda ameaçavam o acesso. Afunilada, a Série chegou na última rodada com duas vagas para seis equipes.
65 pontos
38 jogos
18 vitórias
11 empates
9 derrotas
39 gols marcados
31 sofridos
11 de saldo
Correio do Povo
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