Segundo eles, há pontos em que a água ainda não desceu completamente desde agosto
Avenida Nossa Senhora da Boa Viagem é uma das que ainda estão alagadas na CapitalO tempo voltou a abrir nesta quarta-feira, não houve chuva, e moradores das ilhas de Porto Alegre recomeçaram os trabalhos de reconstrução. As águas do Guaíba e Jacuí não subiram aos valores críticos da última enchente, porém trouxeram transtornos aos habitantes do bairro Arquipélago, o mais afetado da Capital pelas recentes cheias. Em pontos da Ilha da Pintada, como na área mais ao sul, os habitantes afirmam que desde agosto, a água ainda não desceu completamente.
Para eles, qualquer centímetro de recuo do Guaíba representa um alívio, ainda que momentâneo, já que a virada dos ventos durante o dia joga água para dentro ou para fora das ilhas. O pescador Everton Rios, que mora na Pintada, afirma que a época da piracema, em que a pesca é proibida até o início de fevereiro devido ao período de reprodução, representa um problema a mais. Nesta época do ano, ele diz que os pescadores artesanais já estariam nas ruas consertando as redes e desenvolvendo novas em razão da restrição do trabalho.
“Agora está tudo deserto. Não conseguimos fazer nada por causa da enchente”, diz ele. Para contornar a lacuna, há o seguro defeso, do governo federal, porém que ainda não chegou, de acordo com Rios. Outros moradores alegam que não têm informações, ou são escassas, a respeito dos cartões de auxílio da Prefeitura de Porto Alegre. Em resposta, a Administração afirma que até sexta-feira deverá distribuir cerca de 400 novas unidades do benefício para compra de eletrodomésticos e móveis ou para restabelecimento de negócios para vítimas da cheia de setembro.
Cada um deles é pago em cota única, em cartão de débito do Banrisul, no valor de R$ 3 mil. Também por volta de 115 famílias já foram contempladas com depósitos do Estadia Solidária, que paga três parcelas mensais de R$ 700, podendo ser renovado por igual período. Em relação à enchente mais recente, ainda deverão ser apuradas novas necessidades de benefícios. O número de profissionais que fazem vistorias nas residências a partir das solicitações dos moradores também devem dobrar de oito para 16 nos próximos dias.
Correio do Povo
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