terça-feira, 7 de novembro de 2023

Israel assumirá "responsabilidade global pela segurança" em Gaza após a guerra, diz Netanyahu

 Primeiro-ministro israelense questionou os números do ministério de Gaza sobre mortos no conflito

Primeiro-ministro israelense questionou os números do ministério de Gaza sobre mortos no conflito 

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira que seu país assumirá "a responsabilidade global pela segurança" em Gaza após a guerra com o Hamas, e rejeitou "um cessar-fogo geral".

"Israel terá, por tempo indeterminado, a responsabilidade global pela segurança", disse em uma entrevista à rede de televisão norte-americana ABC.

"Vimos o que aconteceu quando não a temos. Desde que não assumimos a responsabilidade pela segurança, testemunhamos a erupção do terror do Hamas em uma escala que não poderíamos imaginar", acrescentou.

O Exército israelense bombardeia incessantemente Gaza e fez incursões no território em resposta ao ataque lançado pelo Hamas em 7 de outubro, no qual os combatentes do Hamas mataram 1.400 pessoas, a maioria civis, e fizeram cerca de 240 reféns.

O saldo de mortos na guerra em Gaza ultrapassa 10.000 pessoas, incluindo mais de 4.000 crianças, afirmou o Ministério da Saúde do território controlado pelo Hamas nesta segunda-feira.

Em sua entrevista, Netanyahu questionou os números do ministério de Gaza e afirmou que provavelmente incluem "vários milhares" de combatentes palestinos.

Apesar dos crescentes apelos por um cessar-fogo de diversos líderes mundiais, incluindo o secretário-geral da ONU, António Guterres, Netanyahu é contra.

"Não haverá um cessar-fogo, um cessar-fogo geral, em Gaza até a libertação de nossos reféns", disse à ABC News. "Quanto a pequenas pausas táticas, uma hora aqui e uma hora ali, tivemos isso antes", acrescentou.

Quando questionado se assumirá a responsabilidade pelo ataque de 7 de outubro, Netanyahu respondeu "claro" e admitiu que seu governo "claramente" não cumpriu com sua obrigação de proteger sua população.

AFP e Correio do Povo

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