sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Eleições 2024: PP busca ampliar força em Porto Alegre e região Metropolitana

 Objetivo da sigla, forte no interior, é eleger de quatro a cinco vereadores na Capital e aumentar presença em cidades próximas



Considerado pelas próprias lideranças um partido municipalista, o PP quer ampliar sua participação na Região Metropolitana e nos grandes centros nas eleições de 2024. Com grande penetração no interior do Estado, a sigla elegeu 143 prefeitos no último pleito, seguindo como aquele com maior número de chefes de Executivo no RS. Segundo o presidente estadual da sigla, o deputado federal Covatti Filho, que assumiu o cargo em setembro, o partido fortaleceu o trabalho neste sentido nas duas últimas semanas.

“Nosso patrimônio é no interior. Onde a gente está entranhado, pela nossa história, mas aqui na Capital sempre tivemos alguma dificuldade. Na região Metropolitana, estamos empenhados a fazer algumas construções para inclusive ocupar papéis na majoritária”, afirmou, em participação no programa "Esfera Pública", da Rádio Guaíba.

Em Porto Alegre, o PP, de forma bastante antecipada, confirmou apoio à reeleição de Sebastião Melo (MDB), ainda em maio. “Melo tem essa figura de fazer composição e trabalhar muito com os partidos. O partido está contemplado e participando desse governo que vem sim fazendo a diferença em Porto Alegre”, entende Covatti, afirmando que a ideia é trabalhar uma nominata forte para o Legislativo municipal, ampliando a bancada de três para de quatro a cinco vereadores.

Sofrendo assédios de outros partidos do campo da direita, chegou-se a cogitar que dois dos três atuais vereadores deixassem a sigla: Mônica Leal e Cassiá Carpes. No entanto, Covatti Filho afirmou haver movimentos para tentar mantê-los no partido. “Tive uma boa conversa com a Mônica e conseguimos fazer algumas construções. Cassiá vou procurar na semana que vem.”

Além deles, a ideia é renovar a cadeira da vereadora Comandante Nádia. Outros nomes que podem ser apostas da sigla para conquistar vagas na Câmara de Porto Alegre são Mariana Lescano, que fez 22 mil votos para deputada estadual, sendo mais de cinco mil na Capital, na última eleição, e André Machado, secretário de Habitação e Regularização Fundiária de Porto Alegre e diretor-geral do Demhab, entre outros.

Movimentos na região

Efetivamente, embora haja procura de outros partidos por filiados do PP, o partido perdeu o prefeito em segundo mandato de Esteio, Leonardo Pascoal, para o PL. No entanto, Covatti diz que novos integrantes em todo o Estado vão entrar no partido na próxima janela partidária, incluindo suplentes de outras agremiações na eleição passada.

Em que pese o grande número de prefeituras, o PP tem apenas duas das mais de 140, em municípios com mais de 100 mil habitantes. A maior cidade gerida pelo PP é Santa Cruz do Sul, com 133 mil habitantes, onde Helena Hermany pode concorrer à reeleição. A segunda é justamente na região Metropolitana: Sapucaia do Sul, que conta com 132 mil habitantes. Lá, Volmir Rodrigues, o Gordo, é candidato à reeleição.

O partido se movimenta em outras cidades metropolitanas visando o pleito do ano que vem. Em Novo Hamburgo, o vereador Gustavo Finck já foi anunciado como pré-candidato, enquanto em São Leopoldo a sigla busca indicar para o ocupante para a vaga de vice na chapa do pré-candidato do PL, Heliomar Franco, por exemplo.

Polarização vista como positiva

Na contramão do discurso que vê a polarização como algo ruim, Covatti Filho entende que o momento ajudou em um reposicionamento, deixando clara a ideologia partidária e dando ao eleitor uma visão mais nítida do rol de candidatos que melhor o representam.

“Nosso partido sempre foi de direita. Só que infelizmente ele teve que se adaptar a um momento em que direita era ‘feio’. O momento da polarização nos ajuda a ter um reposicionamento interno.”

Para ele, essa divisão existe e haverá um debate bastante ideológico na disputa das eleições municipais em 2024.

Correio do Povo

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