Lia Wilges respondeu questionamentos sobre processo de compra de materiais
Atualmente, Lia está lotada no gabinete do prefeito Sebastião Melo"Eu não tenho outra opção (a não ser me isentar)", disse a ex-coordenadora de Gestão de Recursos e Serviços da secretaria de Educação de Porto Alegre Lia Wilges, em oitiva comandada pelas CPIs da Educação, sobre as compras investigadas. O nome da servidora esteve envolvido no processo de aquisição, pela Smed, de 42 mil livros da empresa Mindlab, na epóca da gestão da então secretária de EducaçãoSônia da Rosa. Os contratos foram de R$ 14 milhões.
Em depoimento, a ex-servidora Michele Schroder, à época coordenadora pedagógica, afirmou que a indicação para compra desta empresa tinha partido de Lia. Questionada pelos vereadores sobre isso, ela foi categórica ao afirmar que marcou reunião a pedido da própria Michele, que demonstrou interesse na aquisição dos materiais.
"No momento em que ela manifestou ao meu setor o intuito de adquirir esse item, eu expliquei a ela que estava chegando na Smed e que tinha uma reunião de apresentação. Eu disse para Michelle: 'você começa demandando um e-mail'", contou Lia, ao afirmar que não apenas "não tinha poder de decisão" como o seu acesso ao gabinete da ex-secretária era "muito restrito", como indicou também que as aquisições eram responsabilidade do grupo coordenado por Michele.
Questionada, disse não ter conhecimento sobre um vínculo entre o seu ex-marido e a empresa Mindlab. Atualmente, Lia está lotada no gabinete do prefeito Sebastião Melo (MDB), coordenando um projeto de sustentabilidade. Sobre sua relação com Melo, afirmou ser somente profissional.
No início do ano, o nome de Lia foi relacionado entre servidores da Smed que ocupavam cargos em escolas que não estavam em funcionamento. Sobre isso, disse que a denúncia a surpreendeu, sendo, à época, uma decisão administrativa sob a qual ela não tinha controle, assim como sua exoneração da secretaria de Educação. "Fiquei sabendo pelo contracheque", disse.
Correio do Povo
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