Acordo permitiu a liberação de dezenas de reféns e prisioneiros
O Catar anunciou nesta segunda-feira que a trégua entre o Hamas e o governo de Israel foi estendida por dois dias. O acordo permitiu a liberação de dezenas de reféns e prisioneiros, assim como a entrada de ajuda emergencial no território palestino.
"O Estado do Catar anuncia que, como parte da mediação em curso, houve um acordo para estender a trégua humanitária em dois dias adicionais na Faixa de Gaza", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Majed Al Ansari, na rede social X.
Ainda nesta segunda, a União Europeia e a Otan pediram a extensão da trégua, depois de o presidente americano, Joe Biden, fazer o mesmo. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reiterou a Biden em uma reunião no domingo que ao finalizar a trégua voltará ao seu objetivo de "eliminar o Hamas".
Nesta segunda, o primeiro-ministro solicitará um "orçamento de guerra" de 30 bilhões de shekels (quase 8 bilhões de dólares, 39 bilhões de reais). Desde sexta-feira, 39 reféns e 117 presos palestinos foram libertados devido ao acordo. Outros 19 reféns, a maioria tailandeses que trabalhavam em Israel, foram liberados à margem do acordo.
Israel iniciou a ofensiva contra a Faixa de Gaza após o ataque do Hamas em 7 de outubro, quando 1.200 pessoas foram assassinadas por combatentes islamistas e outras 240 foram sequestradas e levadas para a Faixa de Gaza, segundo as autoridades do país.
Entre os mortos estão mais de 300 militares ou integrantes das forças de segurança israelenses. Em Gaza, alvo de bombardeios incessantes e de uma ofensiva terrestre desde 27 de outubro, a operação israelense deixou 14.854 mortos, incluindo 6.150 menores de idade, segundo o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas.
Ouça "Guerra entre Israel e Hamas: entenda a origem e os impactos do conflito" no Spreaker.AFP e Correio do Povo
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