Ápice do fenômeno deve ocorrer entre as 15h50min e 16h48min em Porto Alegre
Próximo eclipse solar anular deve ocorrer em outubro de 2024, mas não será visível do BrasilParte do Sol será “engolida” pela lua neste sábado no céu gaúcho. O eclipse solar anular poderá ser visto parcialmente no céus do Rio Grande do Sul. De acordo com o Observatório Astronômico da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o fenômeno será perceptível das 14h às 17h, mas o ápice está previsto para as 15h50min. Entretanto, outros observatórios, como a Fundação Planetário do Rio de Janeiro, aponta que o eclipse máximo será às 16h48min.
Esta diferença com relação aos horários é explicada pelo professor Carlos Jung, do Observatório Espacial Heller & Jung de Taquara, no Vale do Paranhana. Isto porque a página da instituição no YouTube transmitirá ao vivo o fenômeno justamente das 15h50min às 16h48min, que é quando parte do Sol será sobreposta pela Lua.
O último fenômeno do tipo foi registrado em junho de 2021, mas não foi visível no Brasil. Desta vez, as regiões Norte e Nordeste terão uma visão privilegiada. Nos estados do Amazonas, Pará, Piauí, Maranhão, Ceará e Rio Grande do Norte, será possível observar o chamado “Anel de Fogo”, quando a Lua está mais distante da Terra em sua órbita e fica com um tamanho aparente menor do que o Sol, não o encobrindo totalmente. No Rio Grande do Sul, a cobertura da estrela será pequena, de apenas 17% da superfície visível. Em Santa Catarina, 25% do Sol estará encoberto.
A próxima vez que um eclipse solar anular deve ocorrer será em outubro de 2024, mas o fenômeno será perceptível apenas no Extremo Sul da América do Sul, em regiões do Chile e Argentina. Já em fevereiro de 2027 há a previsão de que um novo alinhamento entre Terra, Lua e Sol ocorra, sendo visível no Sul do Rio Grande do Sul, próximo ao Chuí.
Como não acompanhar
Ainda segundo o Observatório Astronômico da Ufrgs, não é aconselhável tentar assistir o fenômeno olhando diretamente para o Sol ou utilizando um telescópio ou binóculos sem o filtro adequado. Além disso, está enganado quem pensa que o eclipse pode ser observado com óculos de sol, óculos 3D ou mesmo com chapa de raio-X. Acompanhar o fenômeno de forma equivocada por causar danos permanentes à visão.
O que fazer
O Observatório da Ufrgs orienta que a forma correta de acompanhar o eclipse é utilizando vidro de máscara de soldador, com filtro de número 14 ou maior. Outra opção é utilizar óculos astronômicos especiais para o eclipse, com filtro solar. Em ambos os casos, não olhar diretamente para o fenômeno por mais de 10 ou 15 segundos, sendo necessário um descanso de 2 minutos depois da observação.
Correio do Povo
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