O presidente do Senado também defendeu a criação de um mandato fixo para os ministros do Supremo
"É também um prestígio ao Senado Federal ter um dos nossos membros como indicado", disse PachecoO presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), classificou como “um sinal de prestígio ao Senado”, a possibilidade de que o ministro da Justiça, Flávio Dino, ou o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, sejam nomeados para o Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi dada a jornalistas nesta segunda-feira (2), quando perguntado sobre como entendia a indicação destes nomes para a vaga que se abre no STF com a aposentadoria da ministra Rosa Weber.
Dantas atuou como consultor legislativo do Senado. Já Dino se licenciou do cargo de senador para assumir o comando do Ministério da Justiça do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além deles, o advogado-geral da União, Jorge Messias, é outro favorito para o Supremo.
Também está pendente a escolha pelo presidente Lula do novo procurador-geral da República. Augusto Aras ocupou a cadeira por quatro anos e tentou se aproximar do Planalto em busca de uma recondução, sem sucesso. Na última sexta-feira, 29, Lula fez uma cirurgia no quadril e nas pálpebras. Os dois anúncios – do novo PGR e do novo ministro do STF – devem ser feitos depois da recuperação do chefe do Executivo.
Também nesta segunda-feira, Pacheco defendeu a criação de um mandato fixo para os ministros do Supremo. “Seria bom para o Poder Judiciário, para a Suprema Corte do nosso País, para a sociedade brasileira, termos uma limitação ao mandato de ministros do Supremo”, disse o senador.
A pauta foi colocada como uma das prioridades na primeira reunião de líderes da nova legislatura, realizada em março deste ano. “Essa é uma tese aplicada em outros países do mundo e, inclusive, defendida por ministros e ex-ministros do Supremo Tribunal Federal, e eu acho que é uma tese possível de ser debatida no Senado Federal”, disse Rodrigo Pacheco nesta segunda.
Gilmar Mendes, decano do STF, criticou a ideia. O ministro disse que a mudança é inoportuna, por ser trazida ”após vivenciarmos uma tentativa de golpe de Estado”. O magistrado disse que o estabelecimento dos mandatos transformaria a Corte em “uma agência reguladora desvirtuada”.
Correio do Povo
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