Músico britânico se apresenta em seis cidades brasileiras em show envolto em polêmicas com a comunidade judaica
O cantor britânico Roger Waters visitou o presidente Lula (PT) nesta segunda-feira, no Palácio do Planalto. O encontro ocorre cinco anos depois do ex-baixista do Pink Floyd ter uma solicitação de visita a Lula negada na prisão, em Curitiba. O fato foi lembrado pelo presidente da República em suas redes sociais.
"Há cinco anos, Roger Waters tentou me visitar em Curitiba e foi impedido. Hoje, quando ele retorna ao Brasil, nos encontramos no gabinete da presidência no Palácio do Planalto", diz a postagem com uma foto do britânico ao lado de Lula. O encontro contou também com a primeira-dama Janja da Silva e com o músico Paulo Miklos, ex-vocalista dos Titãs.
Em 2018, por intermédio da defesa de Lula, Waters teve negado pela Justiça do Paraná para visitá-lo em Curitiba, na época em que o presidente estava preso.
Defensor da causa palestina, os conflitos entre Israel e o Hamas reacenderam polêmicas. Acusações por parte da comunidade judaica de antissemitismo e de apologia ao nazismo são atreladas a Waters, que rechaça as posturas vinculadas a ele.
Em seu show, o britânico veste um sobretudo preto que remete aos uniformes dos oficiais da SS, unidade do regime nazista. Ele justificou, em uma publicação, os elementos de performance como "uma declaração contrária ao fascismo" e recordou que seu pai foi soldado do exército britânico e morreu em combate com o exército de Hitler.
Waters se apresenta em Brasília nesta terça-feira na turnê mundial "This is Not a Drill" (Isto Não É Um Exercício, em tradução livre). Porto Alegre está entre as seis cidades que recebem o músico. Na capital gaúcha, o show será na Arena do Grêmio, no dia 1º de novembro.
Correio do Povo
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