Ex-presidente é investigado pelo suposto abuso de poder político durante a eleição presidencial de 2022
Também são investigadas entrevistas coletivas realizadas no Alvorada em que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, declarou apoio a BolsonaroO Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou para a próxima terça-feira (10) o julgamento de três ações que têm como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro. As três ações de investigação judicial eleitoral (Aijes) tratam da suposta utilização por Bolsonaro de prédios públicos federais para realização de atos de campanha eleitoral, o que é vedado por lei. Entre os atos investigados estão transmissões ao vivo com teor eleitoral feitas a partir dos palácios da Alvorada e do Planalto.
As três ações foram agrupadas no mês passado pelo relator, ministro Benedito Gonçalves, sob a justificativa de que possuem “conexão relevante em função da tese jurídica a ser debatida”.
Os processos foram abertos a pedido da coligação Brasil da Esperança, que apoiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante as eleições, e também pelo PDT, partido do candidato Ciro Gomes.
Também são investigadas entrevistas coletivas realizadas no Alvorada em que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, declarou apoio a Bolsonaro.
Nesta semana, o vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet, defendeu que as ações sejam rejeitadas pelo TSE. Para ele, não há como se provar impacto substancial dos atos investigados sobre o resultado da eleição, diante da “falta de evidência da repercussão danosa do fato sobre a legitimidade do processo eleitoral.”
As defesas de Bolsonaro e de seu candidato a vice Braga Netto, que também é investigado, negam irregularidades nos atos investigados.
Agência Brasil e Correio do Povo
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