segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Em vídeo comovente, pai diz que se sente “aliviado” ao saber da morte da filha de 8 anos, em Israel

 

“Ela estava morta ou estava em Gaza. E, se você sabe alguma coisa sobre o que eles fazem às pessoas em Gaza, isso é pior do que a morte”, disse o homem, angustiado


É possível sentir alívio ao receber a notícia da morte de um filho? Se a alternativa à morte for pior, sim. É o complexo sentimento que viveu um pai irlandês que vive em Israel contou que ficou aliviado quando ouviu a notícia da morte da sua filha de 8 anos, dizendo que foi uma “bênção” em comparação com a alternativa de ela ser mantida em cativeiro e brutalmente torturada pelos terroristas.

Aos prantos, pai diz que se sente aliviado ao saber que a filha de 8 anos está morta, em vez de viva e sendo torturada por terroristas — Foto: Reprodução/ Twitter

Em entrevista à CNN, Thomas Hand falou sobre o momento em que soube que sua pequena Emily tinha morrido. “Eles só disseram: 'Encontramos Emily, ela está morta' e eu disse: 'Yes!’”, relata ele, aos prantos. “Eu disse 'yes' e sorri porque essa é a melhor notícia, entre as possibilidades que eu conhecia. Era a melhor possibilidade que eu esperava”, afirmou.

“Ela estava morta ou em Gaza. E, se você sabe alguma coisa sobre o que eles fazem às pessoas em Gaza, isso é pior que a morte, é PIOR que a morte”, reforçou o pai, enlutado. “A maneira como eles tratam você, eles não têm comida, não têm água”, descreveu. “Ela estaria em um quarto escuro com sabe-se lá quantas pessoas, sendo aterrorizada a cada minuto, hora, dia e possíveis anos por vir. Portanto, a morte foi uma bênção, uma bênção absoluta”, afirma.

O homem contou que Emily estava em uma festa do pijama com um amigo na noite entre sexta e sábado, quando terroristas invadiram o Kibutz Be'eri e massacraram mais de 100 pessoas. Ele só ficou preocupado quando as sirenes dispararam. “Então, ouvi os tiros e já era tarde demais”, afirma.

Thomas tentou entrar em contato com a filha, com a amiga dela e com a mãe da amiga e não conseguiu. E, com medo de morrer, ele fugiu. “Eu tive que pensar em Emily”, disse ele. “Ela já perdeu a mãe, eu não poderia arriscar que ela perdesse o pai também”, explica o homem, que foi morar em Be’eri, Israel, há 30 anos como voluntário, planejando ficar apenas alguns meses - mas nunca mais foi embora.

A pequena Emily estava em uma festa do pijama quando o bombardeio aconteceu — Foto: Reprodução/ Twitter
A pequena Emily estava em uma festa do pijama quando o bombardeio aconteceu — Foto: Reprodução/ Twitter

A esposa dele, mãe da garotinha, morreu de câncer há alguns anos e, desde então, ele morava sozinho com Emily, uma menina, que, segundo ele, era uma menina talentosa, que amava dançar e cantar. “Se eu soubesse… Talvez pudesse ter corrido, pegado ela, pegado a amiga dela, pegado a mãe e trazido eles de volta para minha casa”, disse ele. “Mas quando percebi o que estava acontecendo, já era tarde demais”, relata, chorando.

O kibutz, que fica na fronteira de Gaza, foi um dos primeiros locais invadidos por terroristas do Hamas durante o ataque de sábado passado, na madrugada. Sobreviventes contaram que os terroristas armados iam de porta em porta para matar moradores e incendiavam todas as casas onde não conseguissem entrar. E este foi apenas um dos muitos kibutzim atacados pelo Hamas nos últimos dias, incluindo Kfar Aza – onde os terroristas decapitaram crianças e bebês.

Assista ao vídeo abaixo (se não conseguir visualizar, clique aqui):



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