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domingo, 29 de outubro de 2023

DMLU promove mutirão para coleta de resíduos eletrônicos e eletrodomésticos no Parcão

 Segundo os organizadores, a estimativa é que a ação resulte no recolhimento de aproximadamente cinco toneladas de equipamentos



O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) promove, neste sábado, um mutirão de coleta de resíduos eletrônicos e eletrodomésticos sem uso no Parque Moinhos de Vento, o Parcão, em Porto Alegre. A atividade marca o encerramento da Semana Lixo Zero, iniciativa do Executivo Municipal que tem como proposta disseminar a redução da produção de resíduos e o melhor aproveitamento dos materiais gerados.

A coleta, feita em parceria com a Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (Abree), busca promover a destinação correta dos equipamentos pós-consumo e incentivar a logística reversa. Segundo os organizadores, a estimativa é que a ação resulte no recolhimento de aproximadamente cinco toneladas de materiais, entre celulares, DVDs, aparelhos vídeo cassete, fones de ouvidos. geladeiras, baterias, televisores, secadores, batedeiras, fogões, micro-ondas e outros. 

De acordo com o diretor de gestão e educação ambiental do DMLU, Marco Salinas, o maior desafio dos participantes é conscientizar a população sobre a importância de se realizar o descarte correto dos equipamentos. "Fazemos esse tipo de ação para lembrar a sociedade sobre o descarte de lixo eletrônico. É um novo tipo de resíduo, que as pessoas não sabem direito como descartar. O avanço tecnológico é tão grande que as pessoas não sabem como dar um destino aos aparelhos obsoletos. Além disso, o ato tem um caráter social. Temos uma parceria com a Abree, então o que é aproveitado acaba virando doação e o que é descartado, é neutralizado para não prejudicar a natureza", destacou. 

Salinas ressalta que os eletrônicos não podem ser classificados na mesma categoria de lixos secos, uma vez que são constituídos de materiais diversos. Uma das principais diferenças entre os lixos seco e eletrônico, explica ele, é o fato de que o segundo precisa ser neutralizado antes do descarte. "O resíduo eletrônico possui metais pesados, que não podem ser descartados na natureza, pois contaminam o solo. Antes descarte, esses tem que passar por um processo de neutralização, para que voltem a suas naturezas básicas", disse ele, acrescentando que a coleta dos eletrônicos gera renda para cerca de 600 famílias em Porto Alegre. 

Com o descarte correto, explica o diretor de gestão, também possível diminuir o risco de emissão de gases danosos que afetam rios, mares e vias. Conforme o governo federal, esse processo da logística reversa produz também impacto positivo na economia, com potencial de gerar mais de 10 mil oportunidades de emprego e movimentar mais de R$ 700 milhões no mercado.

Correio do Povo

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