terça-feira, 10 de outubro de 2023

Bolsonaro volta a ser julgado pelo TSE nesta terça-feira em três novas ações

 Ex-presidente responde por suposto uso da estrutura da Presidência da República na campanha de 2022

Bolsonaro volta a ser julgado pelo TSE em três novas ações 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enfrenta nesta terça-feira mais um julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Estão na pauta da Corte três ações sobre o uso da estrutura da Presidência da República na campanha de 2022. Elas serão julgadas em conjunto.

Se for condenado, Bolsonaro ficará inelegível por oito anos. O efeito prático, porém, é pequeno, considerando que já existe uma sentença que suspendeu esse direito pelo mesmo período. A diferença é que, se conseguir reverter o resultado do primeiro julgamento, a partir do recurso que já foi protocolado por sua defesa no Supremo Tribunal Federal, o ex-presidente terá mais uma condenação contra si. Bolsonaro foi condenado em junho pelo TSE, que o deixou fora das eleições nos próximos oito anos.

As ações, movidas pela Coligação Brasil da Esperança, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo PDT e pela Federação PSOL-Rede, questionam transmissões ao vivo e entrevistas concedidas por Bolsonaro no Palácio do Planalto e no Palácio da Alvorada durante a campanha de 2022. Os partidos defendem a punição por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

Estrutura

A legislação eleitoral limita o uso da estrutura pública - inclusive de locais como o Planalto e o Alvorada - por quem está no cargo, para evitar um desequilíbrio na disputa em favor dos candidatos que disputam a reeleição. A defesa de Bolsonaro e de Braga Netto - candidato a vice na chapa - argumenta que o Alvorada é o local de moradia do presidente e não há irregularidade em usá-lo para fazer as lives. Alega, ainda, que a intérprete de libras que participa das lives atuou fora do expediente.

Vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gustavo Gonet Branco informou ao TSE que não vê irregularidades na conduta de Bolsonaro e defendeu a absolvição do ex-presidente. O parecer afirma que os eventos organizados por Bolsonaro na sede do governo e na residência oficial "esbarram na proibição da lei", mas que não há provas de que eles tenham afetado o resultado da eleição do ano passado.

Agência Estado e Correio do Povo

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