Medição no final da tarde deste domingo alcançou 2,71 metros no Cais Mauá, cota apenas superada neste século em outubro de 2015
A medição do nível do Guaíba alcançou novo patamar histórico no início da noite deste domingo, quando a régua na altura do Cais Mauá apontou 2,71 metros. A cota ultrapassa a medição feita no dia 14 de setembro deste ano, de 2,70 metros, e só é superada neste século pelo registro de 2,97 metros anotado em outubro de 2015, ano que sob a influência de um Super El Niño o Rio Grande do Sul também enfrentou longo período de cheias.
O cenário é considerado 'extremamente preocupante' pela MetSul Meteorologia. "Com chuva volumosa na Capital, aumento de vazão de rios, represamento pelo nível muito alto da Lagoa dos Patos e represamento adicional por vento Sul intenso no meio da semana, a cheia do Guaíba pode evoluir para cotas muito crítícas", destacou a MetSul. Não está descartado que o nível da água no Cais Mauá atinga os 3 metros da cota de transbordamento.
Na noite deste domingo, a Defesa Civil de Porto Alegre renovou o alerta de possibilidade de chuvas intensas. De acordo com o alerta, a capital gaúcha pode ter nas próximas horas temporais, chuva forte, descargas elétricas e eventual queda de granizo e rajadas de vento. A notificação é válida até as 10h de segunda-feira.
Novo ciclone
A MetSul Meteorologia alertou neste domingo que a chuva não vai dar trégua no Rio Grande do Sul até quarta-feira (27) e que o aprofundamento de uma área de baixa pressão seguido da formação de um novo ciclone extratropical na costa vai reforçar ainda mais a instabilidade na terça-feira (26), com chuva intensa e tempestades localmente fortes a severas.
O dia de maior risco será a terça-feira (26), que terá uma significativa intensificação da instabilidade no Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina. Porto Alegre e região metropolitana estão entre as áreas de alto risco de chuva excessiva a partir desse dia. A MetSul adverte, ainda, para uma condição de elevado perigo de tempestades, com alto potencial de danos e transtornos.
Correio do Povo
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