Estudo da Ufrgs aponta como seriam as enchentes sem o sistema de proteção
Por Rodrigo Thiel
Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Ufrgs e disponibilizado com exclusividade ao Correio do Povo aponta uma estimativa das áreas mais atingidas em Porto Alegre pela cheia de 3,18 metros do Guaíba, registrada nesta quarta-feira, caso não existisse o Sistema de Proteção Contra Cheias.
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O estudo foi realizado pelo professor Fernando Dornelles e pelo doutorando Iporã Possantti. De acordo com Dornelles, o mapa que indica as áreas inundadas foram criadas com base no nível registrado na régua do Cais Mauá. “Com estas cotas de cheia, se analisou o que ficaria inundado na hipótese de inexistência do sistema de proteção contra cheias do Guaíba no município de Porto Alegre”, relata o professor.
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Entretanto, ele cita que a estimativa para a Zona Sul é a mais próxima da realidade, pois o sistema de proteção encerra na avenida Diário de Notícias. “Ali o mapa indica os locais realmente afetados. Devido à incerteza da informação do terreno e de diferença de nível d´água do Cais Mauá para estes locais, podem haver algumas diferenças”, pondera.
Questionado sobre a eficiência do Sistema de Proteção Contra Cheias e, principalmente, do Muro da Mauá, que foi colocado à prova cerca de 50 anos depois de sua construção, Dornelles ressaltou que o sistema cumpriu com a sua finalidade.
“Não foram registrados alagamentos nas regiões onde o mapa aponta a inundação hipotética. O ponto de vulnerabilidade do sistema foram as partes móveis (comportas) e casas de bombas, que são os equipamentos que complementam o sistema. Este evento veio para alertar da importância de termos estas estruturas com suas manutenções em dia e suas equipes de operação bem capacitadas para atuar diante a emergência do desastre”, finalizou.
Como visualizar
Com os dados fornecidos pelo estudo, o Correio do Povo montou um mapa interativo para analisar o tamanho da hipotética enchente em Porto Alegre com o Guaíba a 3,18 metros, marca registrada hoje. Também é possível analisar com as cheias de 2015, de 1967 e a histórica enchente de 1941.
Para navegar pelas opções dos quatro anos, selecione no menu à esquerda do mapa abaixo.
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Correio do Povo
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