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quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Lula e Campos Neto devem se encontrar periodicamente, projeta Haddad

 Presidente e dirigente do Banco Central tiveram primeira reunião desde a posse


O primeiro encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, transcorreu em clima cordial, disse nesta quarta-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo o titular da pasta, Lula combinou reuniões periódicas com o o dirigente do BC daqui para a frente.

“A reunião foi excelente, uma reunião de trabalho, muito boa, muito produtiva, cordial. A conversa transcorreu muito bem”, disse Haddad, que participou do encontro, ao retornar ao Ministério da Fazenda. Com uma hora de atraso, a reunião começou por volta das 18h30min e acabou por volta de 19h45min.

Esse foi o primeiro encontro entre Lula e Campos Neto desde que o presidente da República tomou posse. A conversa ocorreu por iniciativa do presidente do BC e foi mediada por Haddad, que se reúnem em média uma vez a cada 45 dias.

Classificando a conversa “de alto nível”, o ministro da Fazenda disse que o encontro serviu para construir relações. “Foi um encontro institucional, de construção de relação, de pactuação em torno de conversas periódicas", apontou.

Sobre uma possível conversa em relação aos juros básicos, objeto de críticas públicas de Lula a Campos Neto desde o início do ano, o ministro desconversou e disse que os dois não trataram de tópicos específicos. “O presidente deixou claro o respeito que tem pela instituição. A reciprocidade foi muito boa da parte do Campos Neto”, limitou-se a dizer o ministro.

No início do ano, Lula e Campos Neto tiveram uma relação tensa, com o presidente da República criticando a demora do Banco Central em baixar a Taxa Selic (juros básicos da economia), que ficou em 13,75% ao ano entre agosto de 2022 e agosto deste ano e atualmente está em 12,75%. Em junho, Lula tinha classificado de “irracional” o nível dos juros. A crítica mais recente ocorreu no início deste mês. Em evento em Fortaleza, o presidente afirmou que ia “continuar brigando” para os juros caírem.


Agência Brasil e Correio do Povo

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