Saldo é 11,7% maior que o de 2022 e reflete as intenções de negócios no setor de máquinas
Público, segundo a organização da feira, superou os 800 mil visitantes em 9 diasA Expointer se encerrou neste domingo, sob forte chuva, mas com o anúncio de recorde de vendas e público, segundo dados divulgados pelo secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Giovani Feltes. Os negócios na feira alcançaram R$ 7,98 bilhões, cifra 11,7% superior à apurada na edição passada, de R$ 7,14 bilhões. Até as 13h30min de domingo, o Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, havia recebido 818.943 visitantes, 5,96% a mais do que no ano passado.
O valor recorde de comercialização foi puxado, mais uma vez, pelo setor de máquinas e implementos agrícolas, com participação de mais de 90% sobre o volume total. Conforme o presidente do Sindicato da Indústria de Máquinas e Implementos Agrícolas (Simers), Claudio Bier, as vendas chegaram a R$ 7,35 bilhões, valor 11,4% superior aos negócios encaminhados em 2022.
Outro recorde batido veio do Pavilhão da Agricultura Familiar, onde foram comercializados R$ 8,67 milhões, incremento de 7% em relação à feira de 2022. O secretário do Desenvolvimento Rural do Estado, Ronaldo Santini, festejou o recorde nas vendas e destacou a participação feminina na agricultura familiar. “Dos 377 empreendimentos no pavilhão, 63% são comandados por mulheres rurais”, comentou Santini.
Houve setores que sofreram revés na comercialização, como o de animais, que computou negócios da ordem de R$ 11,72 milhões, menos 6,3% do que na edição do ano passado. O setor de artesanato apurou vendas de R$ 1,44 milhão, contra R$ 1,52 milhão de 2022. Na área do comércio, foram R$ 55 milhões injetados na economia local, crescimento de 60% sobre os R$ 34,1 milhões do ano passado.
O vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), Eugênio Zanetti, lamentou que a cadeia produtiva do leite não recebeu boas notícias do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que anunciou recursos para socorrer associados de cooperativas atingidos pelas estiagens, mas não fez um aceno “contundente” para os produtores de leite, que estão sofrendo com a entrada de leite em pó do Mercosul. “Ficamos frustrados, e a previsão daqui até o fim do ano é catastrófica”, disse.
A coletiva para a imprensa teve a presença também da subsecretária do Parque de Exposições, Elizabeth Cirne-Lima e entidades co-promotoras da exposição.
Correio do Povo
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