Por Fernanda Estivallet Ritter
Empreender é a arte de transformar uma ideia em negócio. Sem saber ao certo se a ideia é brilhante o suficiente para dar certo, o empreendedor inicia uma jornada em que a incerteza será sempre sua maior certeza.
Antes mesmo de ter seu cartão de visitas, ele já se depara com o primeiro desafio: a burocracia de abrir uma empresa. O empreendedor não sabe, mas esse será o passo inicial de uma caminhada que será acompanhada pela mão pesada do Estado.
Empreender é para os resilientes. Naturalmente, aqueles avessos a risco tremem ao pensar nos desafios e nas responsabilidades de ter uma empresa. Noites sem dormir, empregos para manter, infinitas contas para pagar, complexas legislações para seguir e sobre as quais se atualizar, altíssimo custo trabalhista e carga tributária incompreensível.
Isso porque o Estado impõe seu peso sobre aqueles que querem gerar riquezas, produzir e inovar em nosso país. Estado esse ineficiente, onipresente e hipertrofiado, que retarda e inviabiliza o desenvolvimento e atrapalha o livre mercado.
Atualmente, empreender é arriscar a própria pele de maneira ainda mais exponencial. O governo brasileiro ameaça cada vez mais avançar nas carteiras daqueles que geram riqueza. Há um verdadeiro furor arrecadatório na atual gestão pública. A reforma tributária, vista como uma oportunidade de melhorar essa condição, não pode simplificar a estrutura fiscal apenas “para inglês ver”. É preciso ir além e diminuir a carga dos impostos.
Com instabilidade econômica, insegurança jurídica, juros altos e ameaça constante de aumento de impostos, ser empresário no país tem se tornado uma atividade cada vez mais insana. Além de assustar o empreendedor local, esse cenário afugenta potenciais investidores externos e atinge de forma ainda mais forte os microempreendedores.
Para que os empresários possam voltar a ter as noites de sono perdidas somente com os anseios de manter o seu negócio e gerar mais riqueza e empregos, é preciso que nosso Brasil tenha uma reforma tributária bem feita, juntamente com uma reforma administrativa, que reduzam de fato o tamanho e o peso do Estado sobre quem realmente faz a economia rodar
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