Tenente-coronel Mauro Cid, o advogado Frederick Wassef e o tenente Osmar Crivelatti foram ouvidos por horas pelos investigadores
Postura de Mauro Cid foi colaborativa, segundo investigadoresO ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pediram nesta sexta-feira, 1º, acesso imediato aos depoimentos prestados Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira, 31, no caso das joias.
O tenente-coronel Mauro Cid, o advogado Frederick Wassef e o tenente Osmar Crivelatti foram ouvidos por horas pelos investigadores sobre o esquema de desvio de presentes diplomáticos.
"Diante do significativa progresso nas investigações, notadamente com a obtenção de depoimentos cruciais ocorridos ontem, requer-se a autorização para a atualização dos autos, permitindo o acesso integral aos termos de declarações relativos às oitivas realizadas em 31 de agosto de 2023", diz um trecho do pedido da defesa.
Bolsonaro e Michelle também seriam ouvidos, em uma rodada de depoimentos simultâneos, mas decidiram ficar em silêncio alegando que o caso deveria correr na primeira instância e não no Supremo Tribunal Federal (STF). Como mostrou o Estadão, ministros do STF discutem internamente rever entendimento que restringiu o foro privilegiado.
A PF marcou as audiências ao mesmo tempo para evitar versões combinadas. Na prática, ao orientar o casal a ficar em silêncio e depois pedir acesso aos depoimentos, a defesa busca garantir que Bolsonaro e Michelle só sejam ouvidos após saberem o que já foi falado.
O movimento dos advogados esvazia a estratégia inicial da Polícia Federal. Os investigadores, no entanto, avaliam que a postura de Mauro Cid foi colaborativa e devem estudar uma delação premiada. O tenente-coronel está preso preventivamente.
Agência Estado e Correio do Povo
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