quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Após Justiça afastar Leite, PSDB diz que é impossível realizar eleição em 30 dias

 Justiça determinou nova convenção nacional do partido em até um mês

Justiça determinou nova convenção nacional em até um mês 

Tucanos do grupo do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmam que a decisão judicial que anulou a prorrogação de seu mandato como presidente do PSDB é impossível de se cumprir. A juíza Thaís Araújo Correia, da 13ª Vara Cível de Brasília, determinou a anulação de atos do comando do partido desde junho do ano passado e a realização de nova convenção nacional para escolher o comando da legenda em 30 dias. Para isso, segundo eles, seria preciso voltar atrás de medidas irreversíveis, como os repasses do Fundo Eleitoral a candidatos.

Também não seria possível fazer a convenção nacional no tempo exigido, pois o estatuto da legenda determina que as convenções municipais e estaduais, que estão em curso, precisam ser realizadas antes. Outro entrave é que o próprio calendário de convenções foi aprovado na gestão do ex-presidente do PSDB, Bruno Araújo, antecessor de Leite.

Esses argumentos foram levados à juíza em Brasília e dirigentes tucanos têm a expectativa que a decisão seja ao menos modulada. Ainda cabe recurso em segunda instância. Autor da ação, o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, alegou que Eduardo Leite deveria ter deixado o posto no dia 31 de maio, data estabelecida para o fim do mandato na ata da reunião da Comissão Executiva que o elegeu.

Ao defender-se na ação, o comando do PSDB argumentou que a decisão que prorrogou do atual órgão executivo se deu por unanimidade e que o próprio Orlando Morando anuiu com a votação e foi beneficiado com a prorrogação de mandato. A Justiça, porém, rechaçou o argumento. Segundo a Justiça Eleitoral, Eduardo Leite ficaria como presidente do PSDB até novembro, não fosse a decisão desta segunda-feira, 11.

Para aliados de Eduardo Leite, ele pode continuar no comando da legenda até a realização das eleições, e poderia inclusive disputar novamente o cargo quando o pleito for realizado. Aliados do governador sustentam que, se ele quiser concorrer novamente ao comando do partido, terá o apoio do mesmo grupo político.

Agência Estado e Correio do Povo

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