segunda-feira, 14 de agosto de 2023

STJ concede prisão domiciliar a líder de facção do Vale dos Sinos

 Marizan de Freitas foi preso no dia 30 de julho, após fugir para São Paulo

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) confirmou à Rádio Guaíba, neste domingo, que recebeu a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em que o ministro Rogerio Schietti Cruz autoriza o criminoso Marizan de Freitas a cumprir pena em prisão domiciliar humanitária. A instituição, no entanto, não soube informar se o traficante de 35 anos já havia deixado a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc).

A ordem do STJ veio a público duas semanas após Marizan ter sido recapturado em São Paulo, para onde havia fugido depois do mesmo benefício ter sido revogado. Para sustentar a decisão, Schietti alega que a Pasc não tem a estrutura necessária para cuidar do quadro de saúde do bandido, que, antes de fugir para a capital paulista, havia passado por uma cirurgia na perna direita.

Quem é Marizan de Freitas

Condenado a mais de 38 anos de reclusão, por tráfico e homicídio, Marizan de Freitas é apontado pela Polícia Civil como uma das lideranças de uma facção com base no Vale do Sinos.

Antes de ser capturado em São Paulo, no dia 30 de julho, o criminoso cumpria pena em regime domiciliar em um condomínio de luxo em Capão da Canoa, no litoral Norte. Ele teve o benefício concedido após alegar que passaria por uma cirurgia, mas fugiu após ter a liberdade revogada pela Justiça, que atendeu a um pedido do Ministério Público.

Quando foi localizado, segundo o delegado Fernando Sodré, o traficante estava planejando uma fuga para o exterior com o auxílio da facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC). “Ele foi preso em um restaurante de luxo. Tínhamos informações que ele iria se ausentar do país, e impedimos isso”, declarou o chefe da Polícia Civil.

A ação contou com a Brigada Militar e Polícia Rodoviária Federal, além de policiais civis do RS e de São Paulo.


Rádio Guaíba ee Correio do Povo

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