Presidente nacional do PP e senadora estiveram juntos na convenção que elegeu novo diretório da sigla no Estado
Julio Arcoverde (PI), Covatti Filho (RS), Tereza Cristina (MS), Ciro Nogueira (PI) e Da Vitoria (ES) na convenção do PP gaúchoMesmo faltando mais de três anos até a próxima eleição presidencial, o PP tem um nome para disputar o Planalto. "Tenho respeito e admiração muito grande a Jair Messias Bolsonaro. Ele é o grande líder da direita. Mas vamos percorrer o Brasil apresentando nossa opção que é a senadora Tereza Cristina (PP-MS)", afirmou o presidente nacional do partido, Ciro Nogueira (PP-PI), durante a convenção estadual do partido no Rio Grande do Sul, neste sábado.
Em seu discurso, Nogueira disse buscar não a terceira via, mas sim a "única via que olha e trabalha pelo futuro do Brasil". Depois, em conversa com a imprensa no Teatro Dante Barone, da Assembleia Legislativa, o também senador disse que o anúncio não representa divergências com Bolsonaro. "Ele seria nosso candidato, como o tornaram inelegível ele vai fazer essa escolha. Mas temos que nos colocar como opção, não podemos ficar esperando as coisas acontecerem."
"Eu tenho dito a ele que ninguém é candidato de si mesmo. Ainda está longe o pleito. Temos nosso ex-presidente Bolsonaro e se ele estiver inelegível até lá nos vamos conversar", disse Tereza Cristina, confirmando que seu nome estará à disposição. A senadora afirmou que "onde for possível", seu partido, o PP, andará junto com o PL e o Republicanos, já nas eleições municipais, reforçando o desejo de união no campo mais à direita. "Se nos separarmos, é muito difícil."
Vendo o ex-presidente, mesmo inelegível, não como um cabo, mas como um "general eleitoral" para as próximas eleições, Ciro Nogueira reforçou que Tereza só confirmará candidatura com apoio de Bolsonaro. Questionado se já havia falado com o ex-presidente, Ciro disse que em conversas Bolsonaro apontou Tereza como uma das possibilidades. "Ou é Tarcísio (de Freitas, governador de São Paulo) ou é Tereza", disse.
Acusações a Bolsonaro
Embora avalie como uma "injustiça" a decisão pela inelegibilidade de Bolsonaro, Ciro acha difícil a reversão do quadro. Sobre as denúncias no caso das joias, o senador considera uma "narrativa" que "não cola com a população. "É até risível achar que um homem que comandou bilhões de reais, o maior investimento da história, vai cometer um pequeno delito com um Rolex. Bolsonaro é um homem sério."
Ex-ministra da Agricultura na gestão Bolsonaro, Tereza Cristina também falou do tema. "Tudo precisa ser apurado. Mas vamos aguardar a Justiça. Não só no caso do presidente Bolsonaro. Ninguém é contra apurar. Eu confio (na inocência) de Bolsonaro."
PP no governo Lula
Ciro voltou a falar sobre a possibilidade de ingresso de quadros do PP no governo Lula. "Vim hoje para pegar mais coragem, incentivo para fazer o que é certo. Para nós colocar onde o povo quis, que foi na oposição. Não ao Brasil como fazia o PT, uma oposição ao governo que não temos identificação e sinergia."
Ele também reforçou medidas adotadas contra filiados que assumam cargos. "Os progressistas jamais participarão desse governo enquanto eu for presidente. Aquele filiado qeu ingressar será afastado sumariamente das decisões partidárias", afirmou. No entanto, não haverá expulsões, conforme o presidente da sigla.
Cida Borghetti, ex-governadora do Paraná, esteve no evento do PP gaúcho ao lado de Ricardo Barros, seu esposo, ex-deputado federal que foi líder do governo Bolsonaro. Seu nome foi um dos ventilados para assumir a Caixa Econômica Federal, em movimento de Lula para dar mais espaço para o centrão. Sobre isso, Ciro Nogueira foi taxativo. "São só especulações, não vai acontecer".
Correio do Povo
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