"Quero trazer uma mensagem de otimismo", disse o vice-presidente da República, referindo-se à economia
Seguindo agenda em sua primeira visita ao Rio Grande do Sul após a eleição do ano passado, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), palestrou na sede da Federação das Indústrias do RS (Fiergs) sobre desenvolvimento econômico e social. Pela manhã, em Passo Fundo, Alckmin anunciou o termo de compromisso da primeira usina de etanol em larga escala no Estado, que deve começar a operar em julho do ano que vem.
Respondendo a demandas de empresários e do Estado, Alckmin ressaltou a necessidade de melhorias em infraestrutura e conexão entre modais como o rodoviário e o hidroviário. Ele antecipou que o novo PAC, que deve ser lançado no próximo dia 11, terá um investimento público superior aos últimos quarto anos, mas que sua maior parte será composto por parcerias público-privadas (PPPs) e concessões.
Alckmin garantiu aos representantes da indústria gaúcha que o governo federal não vai mexer na reforma trabalhista, mas que há necessidade de desoneração da folha e de desburocratização.
"Quero trazer uma mensagem de otimismo", disse o vice-presidente da República, referindo-se à economia, defendendo o crescimento do PIB como elemento para redução da dívida externa.
Reforma tributária e juros
Alckmin iniciou sua fala com o tema da reforma tributária, que disse não ser perfeita, mas que ajudará a melhorar o "manicômio tributário" no país. "Nós temos um modelo tributário que é o paraíso dos advogados tributaristas. Simplificar o modelo é essencial. E a reforma tributária vai fazer justiça ao setor industrial", afirmou.
Quanto à queda de juros, o vice-presidente disse que caiu, mas que "precisa cair muito mais". Ele evitou entrar em atrito com o Banco Central, dizendo que não há nada de errado em se haver autonomia, mas citou que em outros países, como os EUA, não se leva em consideração fatores como o combustível para a definição da taxa.
Alckmin é defensor da queda de juros, o que criou atrito com o BC. Nesta semana, a taxa Selic teve uma redução de 0,5%, a primeira em três anos. "A tendência é de cair mais, o que já projeta no juro futuro e aumenta a competitividade".
Correio do Povo
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