Ventos chegaram a 100 km/h
Furacão Hilary é rebaixado para tempestade tropical no noroeste do MéxicoA tempestade tropical Hilary tocou terra neste domingo (20) ao norte da península da Baja California, no noroeste do México, antes de se dirigir para o sul dos Estados Unidos, onde se espera que cause fortes chuvas com risco de inundações. Às 18h GMT (15h de Brasília), Hilary estava a 340 km de San Diego, Califórnia, nos Estados Unidos, com ventos máximos sustentados de 100 km/h, de acordo com o relatório mais recente do Centro Nacional de Furacões (NHC) dos EUA.
Durante sua passagem pelo México, as fortes chuvas provocadas por Hilary deixaram uma pessoa morta e causaram danos à infraestrutura na região sul da península da Baja California. O governo mexicano informou que está prestando assistência à população afetada naquela área. "Embora o furacão tenha se enfraquecido, está chovendo muito forte. As equipes da Secretaria de Infraestrutura (...) e da Comissão Federal de Eletricidade estão trabalhando para restabelecer as comunicações e os serviços", escreveu o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, no Facebook.
Hilary tocou terra no estado da Baja California, que faz fronteira com os Estados Unidos e onde está localizada a movimentada cidade de Tijuana. No sábado, Hilary passou de um furacão de categoria 4 na escala de Saffir-Simpson para categoria 1. Apesar disso, causou fortes chuvas na península da Baja California e em grande parte do México, incluindo a Cidade do México, com ruas alagadas e quedas de árvores.
As autoridades meteorológicas mexicanas previram chuvas intensas para este domingo na península da Baja California e em outras áreas do país, principalmente nos estados do norte, como Sonora, Chihuahua, Sinaloa e Nayarit no noroeste. Também alertaram para fortes rajadas de vento nessas áreas, bem como para o risco de deslizamentos de terra e aumento do fluxo de rios e riachos.
Prejuízos no México
Neste domingo, autoridades de Proteção Civil do governo mexicano percorreram a localidade de Mulegé, na Baja California Sur, onde no sábado uma pessoa morreu quando seu veículo foi arrastado pela corrente de um rio. Nesse município e na localidade de Loreto, ocorreram deslizamentos de terra e interrupções de estradas. O governo informou que, assim que a corrente dos rios que transbordaram diminuir, trabalhará para restabelecer a circulação.
O Exército mexicano ativou 35 abrigos na península, onde foram abrigadas 1.725 pessoas afetadas pela tempestade. "Para realizar essas ações, o exército conta com o apoio de 86 veículos, uma cozinha comunitária, 11 caminhões basculantes e maquinaria pesada, bem como uma planta de tratamento de água e torres de iluminação", afirmaram as forças em um comunicado.
As autoridades de Los Cabos, um destino turístico frequentado por turistas internacionais, principalmente americanos, trabalhavam para restabelecer o fornecimento de água potável e o transporte público após a passagem do furacão pela região. Nesse destino, localizado ao sul da península, alguns turistas respiravam aliviados após a passagem da tempestade, enquanto os funcionários de hotéis e restaurantes se apressavam para reabrir. "O furacão chegou e foi mais como uma tempestade, os ventos eram por volta de 50 quilômetros por hora, não foi tão ruim", disse à AFP Tina Mosier, uma turista da Califórnia.
Em direção aos Estados Unidos
O NHC acrescentou que Hilary se moverá, nas próximas horas, para perto ou sobre uma parte da península de Baja California, antes de se deslocar para o sul da Califórnia durante a tarde. A previsão para Hilary é que chegue na Califórnia como uma tempestade tropical, embora enfraqueça durante o caminho. As autoridades locais decretaram estado de emergência e previram que seria a pior tempestade a atingir o estado em uma década.
"Hilary terá um impacto sério e ameaça o sul da Califórnia. Peço a todos que levem esta tempestade a sério e ouçam suas autoridades locais", declarou a administradora da Federal Management Agency (Fema, na sigla em inglês), Deanne Criswell, à CNN. O México é atingido todos os anos por furacões nas costas do Pacífico e do Atlântico, geralmente entre maio e novembro.
AFP e Correio do Povo
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