Vice-presidente afirmou que governo "não vai mexer" na reforma trabalhista ao ser provocado pelo empresariado em evento no RS
Alckmin e Petry durante evento na Fiergs em Porto AlegreCoragem na redução dos juros e manutenção da reforma trabalhista. Esses foram os pedidos da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) ao vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), em passagem por Porto Alegre. Em discurso antes de palestra de Alckmin, na tarde desta sexta-feira, o presidente da entidade Gilberto Porcello Petry celebrou a medida que reduziu a taxa Selic em 0,5% e propôs, em novas reduções, as alíquotas de 0,75% e "se forem corajosos, até 1%", ao que foi aplaudido pela plateia composta por empresários e autoridades políticas.
Petry também ressaltou o temor dos empresários por "retrocessos" nas alterações promovidas pela reforma trabalhista, que trariam, na visão da Fiergs, a perda de competitividade das empresas.
Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, foi taxativo ao afirmar que o governo federal "não vai mexer" na reforma trabalhista. Em lugar disso, defendeu desoneração de folha e desburocratização como necessidades, alinhado a bandeiras do setor empresarial.
Demonstrando alinhamento com o empresariado, motivo pelo qual foi indicado para a composição de chapa com Lula (PT), Alckmin disse querer passar uma "mensagem de otimismo" ao setor.
"Temos certeza, senhor vice-presidente, de que a rota do desenvolvimento econômico e social que Vossa Excelência desenha para o nosso país é a mesma que defendemos", afirmou Petry.
Sobre a reforma tributária, o presidente da Fiergs disse esperar que a aprovação já ocorrida na Câmara "se repita no Senado e que seus desdobramentos não venham a prejudicar o setor". Geraldo Alckmin dá a aprovação, assim como a do arcabouço fiscal, como "encaminhada".
Correio do Povo
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