Cabanha de Lagoa Vermelha faz dobradinha entre os machos e fazenda de Santa Catarina, entre as fêmeas
Grande Campeão macho pertence à Cabanha 53, de Lagoa VernelhaA raça bovina sintética Santa Gertrudis elegeu seus grandes campeões, neste domingo, na Expointer. A Cabanha 53, de Lagoa Vermelha, destacou-se ao fazer uma dobradinha no grande campeonato de machos. A propriedade, de Ruy Barreto e família, consagrou o reprodutor Usurpador 53, de 26 meses, como o grande campeão da exposição. Como o Reservado de Campeão, a cabanha elegeu o touro Viking 53, de 15 meses. A dobradinha entre as fêmeas ficou por conta da Fazenda Santa Maria, do município de Tijucas, de Santa Catarina. A propriedade do expositor Adolfo Fernandes levou para casa os títulos de Grande Campeã, com a matriz 1450, de 32 meses, e de Reservada de Grande Campeã, com a matriz Peppa AF, de 21 meses, com parto previsto para daqui a duas semanas.
Grande Campeã da raça veio da Fazenda Santa Maria, de Santa Catarina
A raça sintética está completando 70 anos no Brasil e celebra a data no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. “Escolhemos a Expointer como um marco de comemoração dos 70 anos da Associação Santa Gertrudis e de lançamento do Congresso Mundial da Raça Santa Gertrudis e de revista comemorativa a esses 70 anos, visto a importância dessa raça para o Brasil e a América Latina”, disse o presidente da associação, Gustavo Barreto da Cruz. O lançamento será terça, às 19h. “É uma raça que está agregando muito à pecuária brasileira, com crescimento de 480% nos últimos anos na venda de sêmen. Nossos leilões crescem mais a cada dia . A procura por touros e matrizes está grande. A raça está crescendo de vento em popa”, assegura Cruz.
O congresso mundial é itinerante. Nesta edição, serão 16 dias, começando em 26 de novembro, em Sergipe, seguindo depois para Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo, encerrando-se em 11 de dezembro. “É um congresso diferente, não é dentro de um hotel. Temos apenas um dia em congresso, no Paraná, onde todas as associações vão apresentar o que está ocorrendo nos outros países, num planejamento mundial da raça. Nos outros dias, vamos rodar o Brasil de ônibus, mostrando ao público brasileiro e internacional todas as potencialidades do país. É um congresso para o amante da pecuária. Vamos ter integração lavoura-pecuária e visitas a fazendas de verticalização de carne gourmet.”. Informações sobre o congresso estão aqui.
Em 70 anos de Brasil, os criadores têm investido em programa de melhoramento genético com o Embrapa Geneplus e provas de avaliação de desempenho. “O Santa Gertrudis hoje está do jeito que o mercado precisa. Toda raça tem que evoluir conforme o mercado”.
A raça é criada em todas as regiões do Brasil. “No Rio Grande do Sul, temos criatórios de quase 50 anos”, resume. Conforme Cruz, o grande trunfo da raça é a funcionalidade e a adaptação. “Já comprei animais do Sul e levei para minha fazenda no Nordeste, e são altamente adaptados. Também o pessoal já comprou animais nossos em Sergipe e trouxe para o Sul. “Hoje vemos a raça como uma raça que agrega muito na pecuária brasileira, porque vai potencializar seu rendimento, vai dar ganho de peso com qualidade de carne, porque a Santa Gertrudis tem qualidade de carne, que vem lá do shorthorn cross, que faz parte da sua composição, sem perder rusticidade.” “É uma raça em que a gente tem desempenho com rusticidade.”
Segundo o diretor, a raça tem sido muito utilizada em cruzamentos industriais no Sul, em cima do gado europeu, agregando rusticidade e mantendo a qualidade de carne e todas as características do gado europeu. Nas regiões Centro Oeste e Nordeste, os criadores buscam cruzamentos em cima da base zebu.
Correio do Povo
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