ADMIRÁVEL GADO NOVO

 SEM-FIM

Depois que a maioria dos ministros do STF iniciou a interminável e/ou -sem-fim- sequência de incríveis descumprimentos da CONSTITUIÇÃO e, por vontade própria e desmedida resolveu ignorar por completo grande parte das decisões aprovadas pelos PODERES -EXECUTIVO E LEGISLATIVO-, o povo brasileiro, com absoluto domínio da razão, imaginou que as caríssimas FORÇAS ARMADAS, em respeito ao indiscutível ARTIGO 142 DA CF fariam valer o seu legítimo papel de -GARANTIDOR DA LEI E DA ORDEM-.

ESTADO DE DIREITO

Esta manobra -CLARAMENTE ATIVISTA E TOTALMENTE SEM FREIOS, deixou grande parte do povo brasileiro, que até então estava plenamente convencido de que vivia num PAÍS DEMOCRÁTICO, em situação de absoluta IMPOTÊNCIA, SEM TER A QUEM RECORRER para GARANTIR, MINIMAMENTE, O ESTADO DE DIREITO. 

RESISTÊNCIA FRANCESA

Vejam por exemplo, que o caso da RESISTÊNCIA FRANCESA: atuando de forma heroica, os resistentes alimentavam a ESPERANÇA DE LIBERTAÇÃO com base no auxílio informações às FFAA dos PAÍSES ALIADOS. Ou seja, os resistentes viam a vitória dos ALIADOS como o GARANTIDOR DA LIBERDADE DO POVO FRANCÊS. 

GARANTIDORES DA DITADURA

Infelizmente, no nosso empobrecido Brasil, isso está fora de cogitação, a considerar que as nossas FFAA deram uma FIGA PARA O POVO e simplesmente assumiram o papel de GARANTIDOR DAS VONTADES -INCONSTITUCIONAIS- TOMADAS A TODO MOMENTO PELO STF. Ou seja, as nossas FFAA entendem que o ARTIGO 142 DA CF dá PODERES ILIMITADOS PARA O STF e como tal GARANTEM A DITADURA NO BRASIL. 

ADMIRÁVEL GADO NOVO

Assim, o que nos resta é dar crédito total à letra da música ADMIRÁVEL GADO NOVO, do compositor Zé Ramalho, que diz o seguinte:

Oh, boi!

Vocês que fazem parte dessa massa

Que passa nos projetos do futuro

É duro tanto ter que caminhar

E dar muito mais do que receber

E ter que demonstrar sua coragem

À margem do que possa parecer

E ver que toda essa engrenagem

Já sente a ferrugem lhe comer

Eh, oh, oh, vida de gado

Povo marcado, eh!

Povo feliz!

Eh, oh, oh, vida de gado

Povo marcado, eh!

Povo feliz!

Lá fora faz um tempo confortável

A vigilância cuida do normal

Os automóveis ouvem a notícia

Os homens a publicam no jornal

E correm através da madrugada

A única velhice que chegou

Demoram-se na beira da estrada

E passam a contar o que sobrou!

É o Brasil!

Eh, oh, oh, vida de gado

Povo marcado, eh!

Povo feliz!

Eh, oh, oh, vida de gado

Povo marcado, eh!

Povo feliz!

Oh, boi

O povo foge da ignorância

Apesar de viver tão perto dela

E sonham com melhores tempos idos

Contemplam essa vida numa cela

Esperam nova possibilidade

De verem esse mundo se acabar

A arca de Noé, o dirigível

Não voam, nem se pode flutuar

Não voam, nem se pode flutuar

Não voam, nem se pode flutuar

Eh, oh, oh, vida de gado

Povo marcado, eh!

Povo feliz!

Eh, oh, oh, vida de gado

Povo marcado, eh!

Povo feliz!

Feliz, feliz, feliz

Oh, boi, oh, boi, eh, boi

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