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quarta-feira, 26 de julho de 2023

Veja a rota do ciclone extratropical que se forma nesta quarta-feira

 Ciclone que vai se formar amanhã terá trajetória muito diferente dos eventos que causaram estragos em junho e na segunda semana de julho

Fenômeno não trará chuva nem vento capaz de provocar grandes estragos 

O ciclone extratropical que se formará nesta quarta-feira será muito diferente dos episódios graves de ciclone que castigaram o Rio Grande do Sul em junho e na segunda semana de julho, alerta a Metsul Meteorologia. O ciclone dos dias 12 e 13 de julho ganharam força sobre a orla, à Leste de Mostardas. O fenômeno desta semana além de não ser tão intenso como os passados, vai se formar junto ao litoral do Uruguai – ou seja, centenas de quilômetros ao Sul.

O ciclone trará chuva e vento para o estado gaúcho, entretanto com menor severidade que nos três episódios anteriores que deixaram estragos e 24 mortos. Dados analisados pela MetSul não indicam cenário de maior preocupação. Isso porque não se antecipa nem chuva excessiva nem vento muito forte capaz de gerar estragos. No geral, será uma chuva normal e vento nada distante do que costuma ocorrer no ingresso de ar mais frio.

A chuva mais volumosa ocorre na Metade Sul do Estado até amanhã por conta de frente semi-estacionária que atua desde terça-feira, portanto 48 horas antes da formação do ciclone. Pontos isolados da faixa central, incluindo a região de Porto Alegre, podem anotar pancadas isoladas fortes e passageiras até amanhã, mas sem previsão de volumes muito altos.

O único risco que se enxerga é de algum temporal muito isolado de vento forte na Metade Norte na passagem da frente, uma vez que a atmosfera ainda está mais aquecida na região e com correntes de vento de Noroeste, e mesmo nesta situação o risco, segundo a Metsul, "é absolutamente marginal".

Já o vento decorrente do ciclone sequer pode ser comparado ao do episódio de duas semanas atrás, quando atingiu 150 km/h em Rio Grande e nos Campos de Cima da Serra. Será fraco a ocasionalmente moderado em grande parte das cidades gaúchas. No Litoral Sul, pode ter rajadas de 50 km/h a 70 km/h. Em Porto Alegre e no Litoral Norte não se observa cenário de risco de vento intenso capaz de gerar danos ou transtornos.

O vento mais forte do ciclone, de 70 km/h a 90 km/h, tende a se concentrar na costa uruguaia, mas não em todo o litoral uruguaio. As rajadas mais fortes devem ocorrer na costa de Maldonado e em áreas mais ao Sul do litoral do departamento de Rocha. 

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MetSul Meteorologia e Correio do Povo

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