Trazidas do leste europeu por cafetões, a partir do séc. XIX jovens judias aportaram no Rio de Janeiro para o meretrício, sendo chamadas de 'POLACAS'.
Seu biotipo eslavo atraía os cariocas mais despudorados - enquanto o jornal do Centro Sionista do Rio defendia "a luta contra aquelas que, embora de descendência judaica, só merecem repulsa pois envergonham nosso povo".
Já o sambista Moreira da Silva (1902-2000) compôs 'Judia Rara': "A rosa não se compara / A essa judia rara / Criada no meu país / Rosa de amor sem espinhos / Diz que são meus seus carinhos / E serei um homem feliz".
Ao menos 2 têrmos novos devemos às "polacas" judias: quando achavam que um cliente tinha DST diziam "ein krenke" ('doença'), que acabou virando "encrenca" - e quando a polícia aparecia nos bordéis elas gritavam "sacana!" ('polícia!'), de onde veio "sacanagem".
De Gustavo Meireles in O Passado no Rio
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