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quinta-feira, 27 de julho de 2023

Planalto confirma Pochmann como presidente do IBGE, apesar de resistências

 Nomeação era critica por economistas liberais e teria resistência da ministra Simone Tebet

Nome indicado pelo presidente estava no Instituto Lula 

O ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, confirmou nesta quarta-feira que o economista Marcio Pochmann será o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pimenta disse que não houve controvérsia no governo em torno do nome de Pochmann. A nomeação é criticada por economistas liberais. Ainda não há data para a posse.

O presidente interino do IBGE, Cimar Azeredo, vinha fazendo campanha para se manter no cargo. Ao mesmo tempo, havia a informação de que a ministra do Planejamento, Simone Tebet, resistia ao nome de Pochmann. O comando do IBGE estava indefinido desde o início do ano. Só neste mês, porém, Simone começou a sondar nomes. O intuito da ministra era que a substituição de Azeredo ocorresse apenas após a finalização do Censo demográfico. A pesquisa de campo foi dada como concluída em 1º de março.

O Censo era para ter sido concluído em 2020, mas a pandemia impediu o trabalho. No ano seguinte, em razão de cortes orçamentários, o levantamento só passou a ser feito após o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenar que o então ministro da Economia, Paulo Guedes, reservasse recursos para a pesquisa ser feita em 2022.

No ano passado, em razão de uma greve por falta de pagamento de funcionários, a conclusão do resultado foi adiada de novo. Apesar das adversidades, o IBGE sempre informou que não houve impacto nos resultados.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que ambos não terão "a menor dificuldade" de trabalhar juntos. Em entrevista à CBN na terça-feira, Tebet disse que não tinha que "achar nada" sobre o assunto porque isso não havia sido colocado na mesa.

Pochmann é quadro do PT e próximo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele dá aulas de Economia na Unicamp. Foi presidente do Ipea entre o fim do segundo mandato de Lula e o começo do primeiro de Dilma Rousseff. Atualmente, preside o Instituto Lula.

Agência Estado e Correio do Povo

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