Acerto define 18 meses de estabilidade dos servidores e 36 meses do plano de saúde
Após mais de seis horas de negociação, o Sindiágua (Sindicato dos Trabalhadores nas indústrias da purificação e distribuição de água e em serviços de esgotos dos Rio Grande do Sul), a direção da Corsan e o consórcio Aegea, que venceu o leilão para aquisição da companhia, fizeram um acordo na Câmara de Mediação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RS), na noite desta sexta-feira.
Com o acerto, ficou definido o período de 18 meses de estabilidade para os servidores e 36 meses do plano de saúde dos aposentados. “Nós estamos fechando um acordo coletivo que está vencido desde o dia 30 de abril, está na prorrogação. Estamos fechando um acordo coletivo com todas as cláusulas com a Corsan pública importante que se diga. Em caso de desestatização haverá uma regra de transição”, explicou o presidente do Sindiágua, Arilson Wünsch.
Vice-presidente de Operações do Grupo Aegea, Leandro Marin afirma foi realizado um acordo "histórico" para os trabalhadores do Rio Grande do Sul, especialmente para os da Corsan. "Permitiu avançarmos a passos largos para termos um desfecho do processo de privatização. O acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Corsan permite que asseguremos uma transição segura que de amparo a todos eles para que a Corsan siga operando e prestando serviço para população gaúcha. Do nosso lado estamos bastante satisfeitos por conseguirmos essa composição com o bem mais precioso dessa empresa que são seus funcionários"
Porém, o acordo efetivo ainda precisa passar pela assembleia dos servidores prevista para a próxima semana. “Após a realização das assembleias gerais das categorias, as partes informarão no procedimento eventual conclusão do acordo coletivo. Havendo necessidade de realização de nova audiência, postularão no procedimento”, consta no final do documento emitido após a reunião.
O impasse envolvendo a privatização da Corsan segue desde o ano passado, quando o governo do Estado anunciou a venda da companhia. O leilão da empresa ocorreu no final de 2022, porém, o contrato não foi assinado ainda em função das ações judiciais. Outro empecilho para a assinatura do contrato de venda é uma análise realizada no Tribunal de Contas do Estado.
Correio do Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário