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quarta-feira, 28 de junho de 2023

Simpa mantém requisições à prefeitura de Porto Alegre, mas não pauta possibilidade de greve

 Categoria se reuniu no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa, na noite desta terça-feira

Simpa seguirá com a contraproposta deliberada em assembleia, que estabelece um reajuste retroativo a maio de 11,25%, e o restante das perdas parcelado até 2025, totalizando 30%. 

A 5ª assembleia geral do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) foi realizada na noite desta terça-feira, no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa. O ato teve como objetivo discutir as propostas e reivindicações relacionadas a data-base 2023. Não foi colocado em pauta uma possibilidade de greve dos servidores, por enquanto.

Na abertura do evento, o diretor-geral João Ezequiel registrou que o governo Melo tem mantido a mesma proposta de reajuste salarial, que consiste em um índice de 5,79%, alterando apenas o número de parcelas. Ele também afirmou que o adiantamento do 13º salário é um direito adquirido e que o reajuste de 10% no vale-alimentação equivale a R$ 2,50. Ezequiel criticou essa postura do governo, alegando que se trata de uma manobra de negociação.

“Para nós do Simpa, isso nada mais é do que uma manobra do governo, o que ele chama de negociação. É importante dizer que a questão do adiantamento de 50% do 13º é parte da manobra, porque esse já é um direito nosso garantido. Ele embaralha isso com data-base 2023, no processo de negociação, querendo dizer que é uma vantagem, uma concessão para a categoria”, declarou.

Ele concluiu sua fala afirmando que o Simpa seguirá com a contraproposta deliberada em assembleia, que estabelece um reajuste retroativo a maio de 11,25%, e o restante das perdas parcelado até 2025, totalizando 30%. Ezequiel ressaltou a importância da mobilização nesse sentido. Além disso, o diretor-geral informou que o Simpa solicitou explicações à Secretaria Municipal da Saúde sobre a redução no pagamento da gratificação aos servidores da pasta.

Durante a assembleia, o Conselho de Representantes Sindicais (Cores) também apresentou suas considerações, destacando a necessidade de aumentar as campanhas audiovisuais e mencionando a crise que a prefeitura está enfrentando em diferentes secretarias. A representante do Cores da educação,Tzusy Estivalet de Mello, tratou da questão dos galpões alugados pela prefeitura para o armazenamento de livros didáticos e materiais pedagógicos. Ela ainda ressaltou que, a partir da próxima semana, escolas da zona Sul e Oeste de Porto Alegre ficarão sem auxiliares de cozinha. Foi informado também que um canal de denúncia foi lançado para que a população possa relatar questões relacionadas às escolas municipais.

Ao final da assembleia, a categoria decidiu realizar uma "auto-agenda" na manhã desta quarta-feira, no Centro Administrativo Municipal, com o objetivo de pressionar o governo a receber suas demandas. Em nota, a Secretaria de Administração e Patrimônio de Porto Alegre declarou que o secretário, André Barbosa, garante que o governo municipal irá sempre manter o diálogo com a direção do Simpa. “Vamos propor uma nova reunião prevista para ser realizada, na próxima segunda-feira. Com o objetivo de evitar prejuízo aos servidores, pela eventual demora no desfecho das negociações, a Prefeitura pagará na folha de junho 2023, ainda, retroativo ao mês de maio, o aumento de 10% no vale-alimentação e a primeira parcela (2,5%) do reajuste salarial, (que tem proposta de 5,79% de reposição da inflação de 2022).

"Somados ao reajuste concedidos no vale-alimentação em 2022 (25%), o reajuste total alcançou 35%, até o momento, acima da inflação do período. Em 2022, começou a ser pago o valor referente às progressões funcionais do biênio (2012-2014) que estavam congelados desde 2015. E, também, foi aberto o processo referente ao biênio 2014-2016”, afirma o secretário, acrescentando: “É importante ressaltar que a Administração irá, pelo segundo ano consecutivo, antecipar o pagamento da primeira parcela do 13º salário dos servidores municipais para julho. Seguiremos a política de diálogo permanente e de valorização dos servidores municipais, respeitando os limites financeiros-orçamentários do Município”, pondera Barbosa.

Correio do Povo

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