Carlos Siegle de Souza assumiu presidência da empresa e promete olhar de inovação para buscar meios de baratear preços e atrair público consumidor
Sociólogo por formação e com experiência de 15 anos em diferentes cargos de gestão pública, o porto-alegrense Carlos Siegle de Souza, 48 anos, assumiu a presidência da Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa) em 10 de maio. Seu objetivo é promover melhorias na estrutura da empresa, que completará 50 anos em março de 2024, para baratear o preço dos produtos, manter a qualidade e segurança dos alimentos e atrair o consumidor final ao bairro Anchieta, na zona norte de Porto Alegre.
“A Ceasa tem papel estratégico no abastecimento de hortifrutigranjeiros, queremos ter um olhar de inovação e dar visibilidade. A sociedade não tem dimensão do tamanho e da importância da Ceasa”, destaca. O principal desafio é fazer investimentos na estrutura que atende 1.716 produtores e 295 empresas cadastradas. Segundo Siegle, há necessidade de reformas em prédios, obras para tratamento de esgoto e asfaltamento com custos estimados de até R$ 40 milhões. “Nosso caixa está saudável, mas insuficiente para enfrentar todas essas reformas”, analisa.
Além de incluir as necessidades de obras no Plano Plurianual enviado ao governo do Estado, Siegle vai buscar emendas parlamentares federais e apoio de deputados estaduais. “A Ceasa só se justifica se tiver estratégia para baratear o preço do produto para a população”, diz. O presidente também analisa a possibilidade de novas operações como, por exemplo, locação de espaço para um posto de combustíveis e a utilização de áreas públicas do entorno para estacionamento de caminhões.
A Ceasa comercializou R$ 2,4 bilhões em 2022, crescimento de 33% sobre o valor do ano anterior, com a venda de 560 mil toneladas de alimentos. “Foram 55 mil toneladas a menos do que em 2021, uma tendência que vem desde 2020. Isso se explica, conforme conversamos com produtores e fornecedores da Ceasa, com o aumento no Estado da quantidade de operações clandestinas e entrepostos privados”, afirma.
Siegle está pensando em estratégias para dar maior visibilidade às vantagens da Ceasa e mudar essa tendência. “Precisamos mostrar o quanto comprar aqui é mais seguro, com fiscalização contínua e ações de segurança alimentar e preços melhores”, diz o presidente. Para atrair o consumidor final até o pavilhão dos produtores, reconhece que são necessárias melhorias na logística da população, com mais oferta de transporte público até a Ceasa, na Av. Fernando Ferrari, bairro Anchieta.
Na área social, Siegle é também buscar formas de ampliar o atendimento à população carente. Atualmente, o Banco de Alimentos da Ceasa atende 169 famílias, beneficiando mais de 500 pessoas, e 119 instituições assistenciais, entre asilos, creches e associações comunitárias. No ano passado, entregou 846 toneladas de alimentos em doações para famílias e instituições.
Correio do Povo
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