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sexta-feira, 16 de junho de 2023

Marcos do Val diz que operação é perseguição: "Já estava esperando, mas não no meu aniversário"

 Senador foi alvo de busca e apreensão em três endereços nesta quinta-feira por suspeita de obstruir investigações do 8 de Janeiro



O senador Marcos do Val (Podemos-ES) afirmou na noite desta quinta-feira que foi alvo de operação da Polícia Federal por "perseguição" do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e do ministro da Justiça, Flávio Dino. O senador disse que já aguardava uma ação policial. "Já estava esperando, mas não no meu aniversário". Do Val completou 52 anos.

O senador justificou que a "vingança" de Moraes tem a ver com o pedido de convocação contra o ministro na CPMI do 8 de Janeiro. "Eu sabia que poderia acontecer a qualquer momento. O ministro Alexandre de Moraes viu isso como uma afronta", afirmou o senador em entrevista ao R7.

"Eu também sabia que o Flávio Dino estava para fazer alguma coisa contra mim. Já estava esperando essa busca e apreensão desde março e abril, quando soube que Dino faria essa operação", completou.

À tarde, agentes da PF cumpriram três mandados de busca e apreensão em endereços do parlamentar, incluindo o gabinete no Senado. As autorizações foram expedidas por Moraes. Na ocasião, os agentes apreenderam documentos digitais e físicos, além de celular funcional do senador, um computador e uma arma, que é legalizada. Também por ordem de Moraes, o Twitter bloqueou a conta do senador.

O parlamentar citou as reuniões que teve com o ministro e com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que vai pedir que Moraes deixe a relatoria de inquérito em que Do Val é investigado por um suposto plano para gravar clandestinamente o ministro, em uma tentativa de reverter a derrota de Bolsonaro nas últimas eleições. "Se eu quisesse cometer algum ato antidemocrátivo, eu não teria avisado a ele sobre a reunião. O fato de eu ter ido na reunião não configura crime", disse o parlamentar.

Do Val também afirmou que a operação expôs os demais parlamentares, que podem ser "monitorados" por meio das mensagens do celular apreendido durante a operação da PF.

R7 e Correio do Povo

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