Sessão virtual, iniciada na última quinta-feira, se encerrou nesta quarta, após o voto dos quatro desembargadores
O processo que envolve o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, referente à Operação Copa Livre, do Ministério Público do Rio Grande do Sul, vai ser remetido, da Justiça Estadual para a Federal. A 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça negou o recurso do MP contra a decisão monocrática do desembargador Newton Brasil de Leão, que declinou a competência para julgar o processo. A sessão virtual, iniciada na última quinta-feira, se encerrou nesta quarta, após o voto dos quatro desembargadores.
A Operação Copa Livre, que investiga contratações irregulares na área da saúde na prefeitura de Canoas, chegou a afastar Jairo Jorge do cargo, em 31 de março de 2022. Como não houve decisão judicial em favor de manter a determinação, o político do PSD retornou ao cargo em 28 de março deste ano, após quase um ano de afastamento cautelar – prorrogado anteriormente em setembro de 2022.
Na Copa Livre, o MP investigou cinco contratos somando R$ 66,7 milhões, incluindo a gestão do Hospital de Pronto Socorro de Canoas, a prestação do Samu e a contratação de serviços de limpeza e copeiragem. A acusação apontou que todos foram “claramente direcionados a empresas e entidades previamente definidas pelo grupo criminoso investigado, visando o enriquecimento ilícito dos integrantes”. A defesa do prefeito nega o envolvimento dele.
Durante o período de afastamento, Jairo Jorge rompeu relações com o vice-prefeito Nedy Marques (Avante), que assumiu o comando do município e, atualmente, responde a um processo de impeachment, também em razão de denúncias ligadas à assistência em saúde.
Rádio Guaíba e Correio do Povo
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