quarta-feira, 14 de junho de 2023

Governo cede ao MST e dá fim a cadastro digital

 CLÁUDIO HUMBERTO


O governo Lula (PT) tirou do ar a plataforma de pré-cadastro para famílias que querem participar dos programas de assentamentos do Incra. Em novembro de 2022, ainda na gestão Bolsonaro, foi criado um sistema de cadastro digital dentro da Plataforma de Governança Territorial (PGT) do Incra, com o objetivo de evitar invasões, violência e novos acampamentos. Bastava o pré-cadastro para dar início ao processo de assentamento. A consequência foi o fim das famosas listas em papel do MST, que controlavam eventuais beneficiários.

Stratego
O governo cedeu à vontade do MST, que exigiu cargos estratégicos. No Ceará, por exemplo, o movimento comanda o próprio Incra.

Método antigo
Órgão de controle, o Tribunal de Contas da União (TCU) aponta milhares de irregularidades na concessão de terra durantes os governos do PT.

Meio milhão de indícios
São mais de 580 mil indícios de irregularidades na manutenção da relação de beneficiários da reforma agrária, apontam acórdãos do TCU.

Prejuízo bilionário
O TCU estima em R$ 2,83 bilhões Prejuízos financeiros decorrentes dos indícios de irregularidades constatados nos acórdãos 775/16 e 1976/17.

CNJ quer saber paradeiro de bilhões da Lava Jato
Uma das frentes de trabalho da auditoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba quer jogar luz sobre o paradeiro dos cerca de R$ 3 bilhões que já estiveram sob tutela da Vara Federal. A fortuna veio dos acordos de leniência da Operação Lava Jato. A equipe do corregedor Luís Felipe Salomão, do CNJ, se debruça em planilhas com detalhes de parte do caminho do dinheiro.

Sobra
Uma das planilhas que passam por pente fino do CNJ indica, em agosto de 2022, saldo de pouco mais de R$ 840 milhões.

Siga a grana
Fatias do dinheiro foram parar com a Petrobras, União, Polícia Federal, Transpetro, Eletronuclear, Petros e Caixa Econômica Federal.

Não bate
À coluna, fontes envolvidas na auditoria revelaram que a estimativa é que há “apenas” R$ 200 milhões nas contas da Lava Jato, em Curitiba.

In loco
Nesta terça (13), o ministro Luis Felipe Salomão desembarcou em Curitiba, com encontro marcado na 13ª Vara Federal. De lá, segue para gabinetes do Tribunal Regional Federal da 4ª Região para continuar a investigação dos bilhões que estavam sob tutela da Lava Jato.

Pé no freio
O senador Carlos Portinho (RJ) negocia trocar o PL pelo Novo, de olho na disputa pela Prefeitura do Rio. As conversas iam bem até o senador sinalizar voto favorável a Cristiano Zanin para o STF. O café esfriou.

Em uma semana
O deputado Sanderson (PL-RS) conseguiu coletar 50 assinaturas de parlamentares no pedido de impeachment do presidente Lula (PT) pela recepção dada ao ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, em Brasília, e pela indicação do seu advogado pessoal ao Supremo Tribunal Federal.

Finalmente
Nesta quinta (15), o Senado deve instalar a CPI para apurar desmandos de ONGs picaretas que atuam na Amazônia. A vitória é do senador Plínio Valério (PSDB-AM), que luta há cinco anos pela instalação da comissão.

Faltou gente?
A Americanas finalmente admitiu em nota o que todo mundo já sabia: o rombo de R$ 50 bilhões é oriundo de fraude de funcionários. Bilionários controladores do fundo dono da empresa não foram mencionados.

Flop
Lulistas celebraram audiência de 6 mil espectadores simultâneos na ‘live’ do presidente Lula (PT) desta terça (13). O número é bem distante do recorde de Jair Bolsonaro, mais de 1,7 milhão de espectadores.

Lula dois e meio
Para o ex-senador Arthur Virgílio, o governo do PT não tem programa de Brasil. “Conversar parece que também não é mais o forte dele [Lula]. Em 2003, rápido como um galgo; em 2023, lento como uma tartaruga!”.

Retomada
A Justiça Eleitoral de Roraima marcou para 26 de junho o julgamento que pode cassar o mandato do governador Antônio Denarium (PP). Pode ser o quarto governador do estado cassado antes de concluir o mandato.

Pensando bem…
…o tal programa de carros de Lula não emplacou um veículo ainda, mas a gasolina já aumentou.

PODER SEM PUDOR

As podas do general
Às vésperas do golpe militar de 1964, José Aparecido de Oliveira era secretário do governador de Minas, Magalhães Pinto, e vizinho de um general Guedes, em Belo Horizonte. O militar tinha o hábito de podar, ele mesmo, as roseiras que separavam as casas só para bisbilhotar o vizinho, seus encontros e telefonemas. Após o golpe, ele tentou prender e cassar Aparecido, que foi salvo pelo chefe. Guedes foi à forra: usando a mesma tesoura de podar as roseiras, ele – literalmente – cortou a linha telefônica tão apreciada pelo secretário do governador.

Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos


O Sul

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