quinta-feira, 15 de junho de 2023

Frente fria com chuva dificulta monitoramento de mortes de aves no Taim

 Número de animais mortos em foco de gripe aviária na Estação chega a 86



A chegada de uma frente fria acompanhada de chuva vem dificultando o monitoramento do surto de gripe aviária (H5N1) registrado na Estação Ecológica do Taim, no litoral Sul. Nos últimos cinco dias, as equipes que fazem o rastreamento da na área tiveram de fazer uma pausa. A detecção de um foco da doença, em aves silvestres localizadas próximas à Lagoa da Mangueira, em Santa Vitória do Palmar, foi registrada em 29 de maio. Desde então, 86 aves mortas foram localizadas e a estação segue sem previsão de reabertura. O monitoramento fica mantido até o surto de mortalidade acabar.

Segundo o chefe da estação e servidor do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), Fernando Weber, entre sexta passada e o domingo, houve dificuldade de realizar o monitoramento. “Na segunda-feira, voltamos a usar drones, que ajudaram a localizar mais aves. Ontem foram duas, e hoje, três. Muito vento atrapalha o voo do drone. Com a melhora do tempo, na segunda, houve o retorno do monitoramento por embarcações”, detalha.

O Taim registrou mortalidade elevada de cisnes-de-pescoço-preto (Cygnus melancoryphus), ao longo da Lagoa Mangueira, em decorrência da gripe aviária. Devido à dificuldade de acesso ao local, drones e sobrevoos de helicóptero vêm sendo empregados para localizar as aves.

Conforme o veterinário da Estação Ecológica (Esec), Magnus Severo, mesmo com a mortandade contabilizando mais de 80 aves e a estação tendo grande extensão territorial, há o registro de apenas um foco de gripe aviária no local.

“Nós temos um foco de gripe aviária. A partir do momento em que temos o diagnóstico do H5N1 em uma espécie, as outras espécies que estão envolvidas de alguma forma, vivendo no mesmo ambiente ou tendo contato entre elas. A gente chama de nexo epidemiológico, ou seja, elas não precisam fazer o teste para saber se estão com H5N1. O óbito de todas elas é em decorrência do H5N1, sem precisar testar”, explica.

O trabalho vem sendo realizado de forma integrada pela Secretaria, o ICMBio, o Ministério da Agricultura e a Patrulha Ambiental da Brigada Militar (Patram), que emprestou embarcações e o helicóptero para as ações de vigilância e monitoramento.

A recomendação é de que, caso avistem alguma ave morta, moradores façam o contato com o Serviço Veterinário Oficial ou com a Secretaria do Meio Ambiente da região, e não toquem no animal, apenas reportem à unidade certa. Todas as suspeitas de influenza aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura através da Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima, ou através do Whatsapp (51) 98445-2033.

Rádio Guaíba e Correio do Povo

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