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sexta-feira, 30 de junho de 2023

Erdogan condena queima do Alcorão na Suécia e sinaliza obstrução de candidatura à Otan

 Turquia acusa a Suécia de ser muito indulgente com as manifestações anti-islâmicas e grupos terroristas

Protesto em que alcorão foi queimado em frente a mesquita recebeu autorização da polícia sueca 

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, condenou nesta quinta-feira, 29, um protesto realizado na Suécia no qual um exemplar do Alcorão foi queimado, sinalizando que esse poderá ser mais um obstáculo para a aprovação do pedido do país nórdico na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A polícia sueca permitiu o protesto do lado de fora de uma mesquita em Estocolmo, citando a liberdade de expressão.

Erdogan deu a entender que a Turquia não estava pronta para levantar suas objeções que estão impedindo a adesão da Suécia à Otan. "Apresentaremos nossa reação da maneira mais forte possível até que haja um esforço conjunto para combater os inimigos do Islã, bem como as organizações terroristas", falou o presidente.

A Suécia se inscreveu para ingressar na Otan no ano passado, após a invasão da Ucrânia pela Rússia, e a aliança militar esperava que o caminho para a adesão acontecesse antes de uma cúpula do grupo em 6 de julho. A Turquia acusa a Suécia de ser muito indulgente com as manifestações anti-islâmicas, bem como com as organizações terroristas que operam na Turquia, em particular grupos militantes curdos.

A Suécia mudou recentemente sua legislação antiterror em relação a essas organizações, mas a Turquia argumenta que seus apoiadores podem organizar livremente manifestações, recrutar e obter recursos financeiros no país.

Agência Estado e Correio do Povo

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