Prefeitura tem até a primeira quinzena de julho para apresentar os passos dos trabalhos que levarão prédio inacabado ao chão
Prédio, construído na década de 1950, nunca foi concluídoA Prefeitura de Porto Alegre contratou uma empresa que fará os estudos, laudos e projetos necessários para contratar a demolição do Edifício Galeria XV de Novembro, conhecido como “Esqueletão”. Localizado entre a rua Marechal Floriano e a avenida Otávio Rocha, o prédio foi desocupado em 2021 por apresentar problemas de estrutura. Na última quarta-feira, a Justiça deu um prazo de 15 dias úteis para o Município apresentar o cronograma dos trabalhos que colocarão a edificação no chão.
Até a primeira o final da primeira quinzena de julho, o material contratado será entregue pela prefeitura, ainda dentro do prazo estipulado, e a partir daí divulgará a previsão para os procedimentos. Em paralelo, a Procuradoria-Geral do Município (PGM) tratará com a Justiça as demandas solicitadas. Em abril deste ano, o juiz da 10ª Vara da Fazenda Pública do Foro Central de Porto Alegre, Eugênio Couto Terra, autorizou a demolição com o reconhecimento da possibilidade de ressarcimento dos custos da efetivação com os proprietários do imóvel, na proporção correspondente a cada condômino.
Para o magistrado, “o laudo foi assertivo quando indica que a demolição é considerada a alternativa mais adequada técnica e economicamente”, ressaltando que “a situação atual não se mostra como aceitável, nem sob o ponto de vista técnico, nem sob o ponto de vista social”, disse Terra. O juiz destacou, ainda, o risco iminente causado pelo prédio. “Inexiste justificativa plausível para manter a edificação no estado em que se encontra, sob pena de pôr em risco a vida das pessoas que transitam pelo local (...), bem como daqueles que eventualmente adentrarem e permanecerem no local para fins comerciais ou residenciais”, analisou.
Segundo o secretário municipal de Planejamento e Assuntos Estratégicos de Porto Alegre, Cezar Schirmer, a demolição do antigo prédio deverá ser mais complexa que, por exemplo, o antigo edifício da Secretaria de Segurança Pública, implodido em fevereiro do ano passado, após ter sido destruído por um incêndio. “Ele (Esqueletão) está localizado em uma região de muita movimentação. Tem prédios encostados nele”, lembrou.
Correio do Povo
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