Fundador reuniu soldados mercenário em 2014 e agora tem participação em conflitos na Líbia, na Síria e no Mali
Fundador reuniu soldados mercenário em 2014 e agora tem participação em conflitos na Líbia, na Síria e no MaliO chefe do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, é uma figura frequente nos noticiários por sua atuação no front de batalha na Ucrânia. A organização partiu em direção a Moscou, no último fim de semana, em uma tentativa de derrubar o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu. A postura foi interpretada pelo presidente Vladimir Putin como um motim. Saiba quem é o homem que lidera um exército paralelo e que tem influência em diversos conflitos pelo mundo.
Uma das faces mais visível da guerra
Com relações públicas agressivas, linguagem chula e presença frequente perto da linha de frente, Prigozhin, de cabeça raspada, é uma das faces mais visíveis da guerra, tendo recrutado milhares de presos russos para lutar pelo grupo Wagner e rivalizado abertamente com o Ministério da Defesa sobre planos militares e suprimentos de munição.
"Chef de Putin"
Prigozhin, de 62 anos, há décadas é conhecido como o "chef de Putin" devido aos contratos de fornecimento de alimentos de sua empresa com o Kremlin. Não está claro quão próximos ele e o presidente russo são, mas eles se conhecem e ambos nasceram e foram criados em São Petersburgo.
De vendedor de cachorro-quente a dono de restaurante requintado
Depois de cumprir uma longa pena de prisão na década de 1980, Prigozhin começou vendendo cachorros-quentes em sua cidade natal. Ele logo começou a construir uma participação em uma rede de supermercados e, eventualmente, abriu seu próprio restaurante e empresa de catering.
Seu restaurante ganhou reputação por sua comida requintada e logo passou a receber dignitários da cidade, incluindo o então vice-prefeito Vladimir Putin. A partir daí, a empresa de catering de Prigozhin, Concord, começou a ganhar contratos de fornecimento do governo, levando suas operações a um nível muito maior.
Grupo militar privado foi fundado em 2014
Prigozhin admitiu em setembro passado que fundou o grupo militar privado em 2014, ano em que a Rússia anexou a Crimeia da Ucrânia. Foi sua primeira confirmação pública de uma ligação que ele havia negado anteriormente e processado jornalistas por noticiarem. O grupo Wagner tem lutado na Líbia, Síria, República Centro-Africana e Mali, entre outros países.
O grupo também forneceu apoio aos separatistas apoiados pela Rússia que tomaram uma área da região de Donbass, no leste da Ucrânia, em 2014.
Quebra de tabus do sistema político
No mês passado, o grupo ocupou a cidade de Bakhmut, no leste da Ucrânia, após alguns dos combates mais brutais da guerra. Durante o ataque, no entanto, Prigozhin quebrou os tabus do sistema político rigidamente controlado de Putin com insultos desbocados ao alto escalão de Moscou.
Depois disso, ele divulgou um vídeo agradecendo ao Kremlin, ao mesmo tempo em que lançava seu discurso favorito: a suposta traição do alto escalão de Putin, em particular o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e o chefe do Estado-Maior, Valery Gerasimov.
Sanções a Prigozhin
Os Estados Unidos e a União Europeia impuseram sanções a Prigozhin por seu papel no Wagner. Eles também o acusam de financiar uma fazenda de trolls conhecida como Internet Research Agency, que Washington diz ter tentado influenciar as eleições norte-americanas.
R7 e Correio do Povo
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