Participantes afirmam que os municípios localizados no entorno das BRs 116, 290, 158 e 392 sofreriam impactos econômicos
A Comissão Especial vem discutindo o projeto de instalação das praças de pedágio na região sul do estado desde abril.A última audiência pública da Comissão Especial do Parlamento gaúcho, que discute as concessões de rodovias federais no Rio Grande do Sul, lotou o Plenarinho da Assembleia Legislativa. O evento, realizado na noite de segunda-feira, contou com a presença de lideranças políticas da metade sul do Estado, incluindo prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, deputados, bem como moradores dos municípios afetados pelo projeto de instalação de 13 novas praças de pedágio, nas BRs 116, 290, 158 e 392.
A Comissão Especial vem discutindo o projeto de instalação de pedágio na região sul do estado desde abril. Essas praças estão planejadas para serem distribuídas ao longo de 674,1 km de rodovias gaúchas, o que elevará o número total de pontos de cobrança para 46.
Participaram da mesa o proponente e presidente da comissão, deputado estadual Luiz Marenco, o deputado federal Daniel Trzeciak, o deputado estadual Marcus Vinícius, o prefeito de Arambaré e presidente da Associação de Municípios da Região Costa Doce e do Consórcio Intermunicipal Centro-Sul, Jardel Magalhães Cardoso, e o vereador Fábio Leal, proponente da frente parlamentar contra os pedágios e a favor do desenvolvimento, da Câmara Municipal de Eldorado do Sul.
Durante a abertura da audiência pública, o deputado Marenco ressaltou que a região da BR 116, uma das áreas mais carentes, será a mais afetada pela instalação das novas praças de pedágio. Mas que todos os municípios próximos às praças também sofreriam impactos econômicos negativos e enfrentariam uma redução significativa no número de empregos disponíveis.
A diretora do departamento de Outorgas Rodoviárias, do Ministério dos Transportes, Fernanda Penteado, informou que estão sendo estudadas novas políticas e critérios para uma possível redução tarifária. Segundo ela, está sendo analisada a viabilidade de um novo modelo de pedágio, baseado na distância percorrida, conhecido como "livre passagem". Essa alternativa dispensaria a necessidade de instalar praças de pedágio.
A audiência pública ouviu líderes e representantes dos municípios. De forma unânime, os participantes ressaltaram a necessidade dessa mobilização e afirmaram que a Comissão deve levar o debate até Brasília para uma discussão mais aprofundada do projeto. Todos foram enfáticos ao afirmar que esse projeto vai prejudicar o desenvolvimento das regiões afetadas. Eles também solicitaram que representantes do governo federal venham até o Estado para verificar de perto a situação das regiões destinadas para a instalação das praças de pedágio.
O presidente da Comissão finalizou o debate ressaltando que novas tratativas serão realizadas para mostrar ao governo federal que a região da metade sul não está de acordo com o projeto proposto.
Correio do Povo
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