sexta-feira, 9 de junho de 2023

Água que resta em represa na Ucrânia é insuficiente para resfriar reatores de Zaporizhzhia

 

Nível do reservatório está abaixo do limite crítico; central nuclear é a maior da Europa e está sob ocupação das tropas russas



Barragem na Ucrânia foi destruída, e uma grande área próxima ao rio Dnieper  ficou inundada

Barragem na Ucrânia foi destruída, e uma grande área próxima ao rio Dnieper ficou inundada

OLEKSANDR GIMANOV / AFP - 7/6/2023

As reservas de água da represa danificada de Kakhovka, no sul da Ucrânia, não são mais suficientes para resfriar os reatores da usina nuclear de Zaporizhzhia, alertou o operador da barragem nesta quinta-feira (8).

O nível da água está "abaixo do limite crítico de 12,7 m", advertiu o chefe da operadora ucraniana Ukrhydroenergo, Igor Syrota, na televisão.

Isso significa que a represa não é mais capaz de alimentar "as piscinas da central nuclear de Zaporizhzhia" para operações de resfriamento, acrescentou.

A represa de Kakhovka foi destruída na terça-feira (6) e obrigou à retirada de milhares de pessoas na região de Kherson. Kiev e Moscou trocam acusações por sua destruição.

Essa infraestrutura está localizada sobre o rio Dnieper e forma um reservatório que fornece água de resfriamento à central nuclear, a cerca de 150 km rio acima.

Ocupada pela Rússia, a central de Zaporizhzhia é a maior da Europa.

O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), Rafael Grossi, disse nesta semana que a água não poderá mais ser bombeada se o nível do reservatório cair abaixo de 12,7 m.

A agência das Nações Unidas mantém uma equipe de especialistas na central, onde já foram impostas medidas para limitar o consumo de água, cuja utilização se restringe a "atividades essenciais relacionadas à segurança nuclear", declarou Grossi.

Os reatores da central já foram desligados, mas ainda precisam de água de resfriamento para evitar que ocorra uma catástrofe nuclear.

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AFP e R7

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