Deputado federal gaúcho presidirá a comissão e afirma “missão de devolver paz ao campo”
Com a CPI do MST instaurada, o deputado federal gaúcho Tenente-Coronel Zucco (Republicanos) foi escolhido presidente da comissão, conforme já era esperado. “Não esperem de nós qualquer espécie de perseguição ou revanchismo. Vamos nos ater apenas e tão somente aos fatos, provas e depoimentos”, disse Zucco, proponente da CPI, na abertura dos trabalhos, nesta quarta-feira, na Câmara dos Deputados.
O deputado disse ter aceito a presidência, o que chamou de “missão”, em respeito a quem “coloca comida no nosso prato”, citando o produtor rural e afirmando não haver diferença entre pequenos, médios e grandes produtores, pois todos cumprem sua função para com a sociedade. “Essa CPI nasce com a missão de devolver paz ao campo, a partir de uma premissa básica: o cumprimento da lei e o estabelecimento da ordem. A final de contas, o direito à propriedade está assegurado na Constituição Federal”, afirmou.
Conforme o presidente da comissão, não há contrariedade à reforma agrária. “Jamais seremos contra a reforma agrária, até porque é assegurada a todos os brasileiros a oportunidade de acesso à propriedade, condicionada à função social da terra.”
Oposição comanda trabalhos
Além da presidência, o comando da CPI do MST ficou concentrado na oposição ao governo Lula. O relator será o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (PL-SP), enquanto o restante da chapa eleita tem Kim Kataguiri (União-SP) na primeira vice-presidência, Fábio Costa (PP-AL), na segunda vice-presidência, e Evair Vieira de Melo (PP-ES), na terceira vice.
Costa, Zucco, Kataguiri, Salles e Evair assumem os trabalhos na CPI do MST Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados / CP
Em outras quatro oportunidades, o MST já foi alvo de comissões no Congresso: a CPMI da Terra, entre 2003 e 2005, a CPMI do MST, entre 2009 e 2011, a CPI Funai Incra, entre 2015 e 2016 e a Funai Incra 2, de 2016 a 2017.
Correio do Povo
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