Condutor de uma das embarcações de monitoramento na Estação Ecológica do Taim, homem de 38 anos apresentou febre e está em isolamento
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) confirmou nesta terça-feira que investiga a primeira suspeita de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em humanos no Rio Grande do Sul. As avaliações ocorrem com o condutor de uma das embarcações usadas para monitoramento e inspeção da Lagoa da Mangueira, em Santa Vitória do Palmar, na Estação Ecológica do Taim (ESEC).
O piloto teve material colhido e enviado para análise na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. Ele e o colega que o acompanhava durante as movimentações diárias estão isolados na base de apoio à fiscalização Santa Marta, localizada na própria reserva ecológica.
Segundo o chefe da ESEC, Fernando Weber, o trabalhador de aproximadamente 38 anos apresentou sinal de febre, mas não participou da coleta nem da incineração dos animais encontrados mortos.
“Ele apenas pilotou o barco. Estava com todo o EPI (Equipamento de Proteção Individual) necessário e obrigatório para realizar o trabalho. Ele e o outro colega ficaram na base por precaução", esclarece. O resultado do exame é esperado para os próximos dias, segundo a Secretaria Estadual da Saúde.
Taim registra mais três mortes de cisnes-de-pescoço-preto
Nesta terça-feira, o Taim contabilizou mais três mortes de cisnes-de-pescoço-preto. Os animais foram encontrados no sentido Norte da Lagoa da Mangueira, em Santa Vitória do Palmar. Com isso, sobe para 63 o número de óbitos de aves silvestres encontradas no parque desde 24 de maio.
A área foi confirmada como foco de gripe aviária na última segunda-feira, pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), quando um cisne da mesma espécie testou positivo para a cepa H5N1. “Após a detecção do foco, não se coleta amostras da mesma espécie para exames, apenas os animais mortos são retirados da água e incinerados para evitar a contaminação de outras aves. Só serão coletadas novas amostras se forem identificadas mortes de animais de espécies diferentes, como de outras aves”, explica Weber.
Correio do Povo
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