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segunda-feira, 29 de maio de 2023

Lula parabeniza Erdogan pela reeleição na Turquia

 Erdogan derrotou o adversário Kilicdaroglu neste domingo (28), com 52% dos votos, em segundo turno inédito

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou, na tarde deste domingo (28), o presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan pela reeleição. "Desejo um bom mandato, de muito trabalho para o melhor do povo turco. E conte com a parceria do Brasil na cooperação global pela paz e no combate à pobreza e desenvolvimento do mundo", escreveu o presidente brasileiro, pelas redes sociais. 

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, foi o primeiro a parabenizar Erdogan pela reeleição. "Prova clara" do apoio da população turca, disse o líder russo.

Erdogan está no poder há 20 anos. A Turquia realizou o segundo turno das eleições presidenciais neste domingo (28). Erdogan conquistou 52% dos votos, contra 47,9% do adversário Kemal Kilicdaroglu, de acordo com os resultados da Comissão Eleitoral do país.

Foi um segundo turno inédito na história da Turquia. A popularidade de Erdogan caiu e, pela primeira vez, ele não foi eleito no primeiro turno, ainda que tenha conseguido a maioria do Parlamento.

Erdogan está no poder desde 2003, entre mandatos de primeiro-ministro e presidente, vitorioso nas urnas três vezes como premiê e outras duas como presidente, após promover mudanças nas regras eleitorais e na Constituição.

Cenário de crise

A Turquia enfrenta uma crise econômica. A inflação acumulou cerca de 40% em um ano, a moeda nacional foi desvalorizada pela metade em dois anos e, recentemente, o país foi devastado por um forte terremoto, que matou 50 mil pessoas.

Além de decidir quem comandará o país, a guerra na Ucrânia, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a relação com Putin estavam em jogo nas urnas.

Relação com outros países

A Turquia tem um papel de mediador da guerra na Ucrânia. A boa relação com o governo russo fez com que Erdogan tentasse assumir um papel de negociador da paz entre as duas partes.

O presidente turco também atuou como mediador para garantir que os grãos produzidos em território ucraniano fossem exportados em segurança, um fator considerado importante para manter o abastecimento de alimentos no mundo.

Atualmente, o processo de adesão da Turquia à União Europeia está parado. Na avaliação do bloco europeu, o presidente Erdogan tem um governo autoritário que controla a imprensa, não respeita os direitos humanos e tem uma política externa antiocidente.

A Otan tem a Turquia como membro, que conta com um poderoso e extenso poder militar. A relação de Erdogan com a Rússia é um ponto sensível para o bloco que tem os EUA como principal membro.

Durante a guerra na Ucrânia, Suécia e Finlândia iniciaram o processo de adesão à aliança militar. A proximidade do governo turco com Moscou foi a principal barreira para que os suecos fossem aceitos, por causa da proximidade com o território russo. A Finlândia por outro lado conseguiu ser aceita.


R7 e Correio do Povo

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